Bento Gonçalves

Desafios da educação no Dia Mundial da Alfabetização

Em Bento Gonçalves foi implementado o Centro de Atendimento Educacional Especializado visando alunos da rede municipal de educação com dificuldades nos processos de desenvolvimento da alfabetização, letramento, criatividade e raciocínio lógico.

Desafios da educação no Dia Mundial da Alfabetização

Nesta quarta-feira, 8 de setembro, é comemorado mundialmente o Dia da Alfabetização. A data foi criada em 8 de setembro de 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e tem como objetivo ressaltar a importância da alfabetização para o desenvolvimento social e econômico mundial.

Em tempos de pandemia, um novo ensino desponta e os desafios quanto ao futuro da educação se intensificam. No Brasil, 11 milhões de pessoas são analfabetas. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil até a pós-graduação, o Brasil deve zerar a taxa de analfabetismo até 2024.

Estudo encomendado ao Datafolha em junho deste ano e divulgado pela Agência Brasil, mostra que mais da metade (51%) das crianças em processo de alfabetização na rede pública brasileira ficaram no mesmo estágio de aprendizado, ou seja, não aprenderam nada de novo durante a pandemia. Neste semestre, as escolas estão, aos poucos, com o avanço da vacinação no país, retomando as aulas presenciais, ainda que mescladas ao ensino remoto, no chamado ensino híbrido. Pesquisa divulgada este ano pelo Unicef mostra que o número de crianças e adolescentes sem acesso à educação no Brasil saltou de 1,1 milhão em 2019 para 5,1 milhões em 2020. Desses, 41% têm entre 6 e 10 anos, faixa etária em que ocorre a alfabetização.

Em Bento Gonçalves foi implementado, no mês de agosto deste ano, o Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (CEMAEE), por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed). Localizado no Complexo Administrativo, o espaço tem como público-alvo alunos da rede municipal de educação, com transtornos específicos de aprendizagem e que apresentam dificuldades nos processos de desenvolvimento da alfabetização, letramento, criatividade e raciocínio lógico. Os estudantes são encaminhados pelas escolas da Rede Municipal e participam de oficinas de reforço na alfabetização. Desde o início das atividades, mais de 100 crianças já iniciaram atendimento.

O CMAEE é coordenado pela professora e psicopedagoga, Ivani Pelicer e conta com o trabalho das profissionais Sandra Cândido Zanetti, Shaiane Luchese e Daniele De Encarnação. De acordo com as professoras mediadoras, o processo de alfabetização implica compreender além da percepção das letras e seus sons, as características de cada letra e em que posição deve estar para que a palavra seja lida ou escrita corretamente.

Imagem: Divulgação Centro Municipal de Apoio Educacional
Imagem: Divulgação Centro Municipal de Apoio Educacional
Imagem: Divulgação Centro Municipal de Apoio Educacional
Imagem: Divulgação Centro Municipal de Apoio Educacional