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Prefeitura de Caxias do Sul planeja construir estruturas fixas para ambulantes estrangeiros

(Foto: Isa Severo/Grupo RSCOM)
(Foto: Isa Severo/Grupo RSCOM)

Nas ruas centrais de Caxias do Sul já é parte da rotina ver os senegaleses e imigrantes de outros países trabalhando como vendedores ambulantes. Logo que chegaram a cidade, a prefeitura não conseguia administrar esses trabalhadores. Houve por diversas vezes apreensões de materiais, além de agressões e conflitos entre os vendedores e fiscais.

Na pandemia, todo o comércio mudou com as restrições, e para eles não foi diferente. Com o novo esquema, a prefeitura começou a pensar em como poderia realocar os trabalhadores. Assim, após diversos encontros com representantes dos trabalhadores, está sendo planejado a construção de estruturas fixas em pontos específicos, como nas ruas Marechal Floriano (entre a Sinimbu e entre a Júlio de Castilhos) Pinheiro Machado e Doutor Montauri (entre Pinheiro e Júlio) e Júlio de Castilhos e Sinimbu.

O diretor de fiscalização da prefeitura de Caxias do Sul, Rodrigo Lazzarotto, comentou sobre o processo de diálogo com estes comerciantes que se instalaram nas ruas centrais do município.

“Eles se realocaram em outros espaços e as duas quadras principais do centro ficaram livres por um período. Aí veio a pandemia e as coisas mudaram um pouco de figura A gente começou a desenhar um projeto pra eles, primeiramente tirar eles da área central e manter eles na nas ruas mais de forma organizada”, fala Lazzarotto.

No ano passado, o valor estimado para o projeto por ambulante, girava em torno de R$ 300. O que falta no momento é a compra de tendas e quiosques, onde eles devem ficar num primeiro momento. Contudo, os custos aumentaram para a construção. Esses estandes hoje, tem um valor estimado em R$ 700 ou R$ 800, o qual estes vendedores não dispõem para pagar.

A prefeitura então está tentando custear ou por patrocínio ou compra, essas estruturas. Assim os vendedores poderão ter um espaço com maior proteção.

Conforme Lazzarotto existem chances desses espaços serem entregues ainda em setembro. “Se houver dispensa de licitação vai ser rápido. Existe uma possibilidade de no caso dos ambulantes aceitarem já migrar pra esses locais sem as tendas até que elas cheguem, numa reunião que eu vou ter amanhã com o líder deles. Então existe a possibilidade que isso aconteça ainda no mês de setembro”, fala.

O Sindilojas se manifesta contrário aos locais estabelecido para direcionar estes vendedores ambulantes, como afirma a presidente do Sindilojas, Idalice Manchini, “Não pela ideia da formatação. Foi elaborado, teve um planejamento, teve também, todo um cadastro dos ambulantes, nesse sentido e nesses meses que se passaram, mas o que o Sindilojas não concorda. Não achamos justo que os ambulantes, continuem nas ruas centrais de Caxias do Sul”, fala.

Uma das sugestões da presidente é que um dos prédios sem ocupação do município sejam destinados para os vendedores, assim como o camelódromo da Sinimbu. “Temos vários prédios em Caxias do Sul, que poderiam ser ocupados como um todos, ou talvez um terreno, onde cada ambulante, também investisse na sua própria banca, mas que ficassem todos juntos, como a gente vê, em outros centros”, destaca Idalice.

O diretor de fiscalização, Rodrigo Lazzarotto, afirma que a realocação desses vendedores é provisória. A prefeitura deve seguir o debate sobre o assunto para encontrar um ponto fixo definitivo para os ambulantes estrangeiros.