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Empresas da Serra lideram movimento para a 1ª Rota do Veículo Elétrico do RS

Empresas da Serra lideram movimento para a 1ª Rota do Veículo Elétrico do RS

O carro elétrico não é mais uma tendência futura, mas uma realidade presente. A preocupação, no momento, é como oferecer infraestrutura de recarga a veículos e motos movidos a eletricidade, garantindo que o Estado impulsione esse setor que ganha estrada acelerada no mundo.

Nesse sentido, duas empresas da Serra Gaúcha uniram forças e lançam a 1ª Rota do Veículo Elétrico do Estado. Encabeçam a mobilização com vistas a oferecer mais estações de recarga para esse novo modelo de carro a Magnani Luz e Energia, com matriz em Caxias do Sul e filial em Torres, e a Sicredi Pioneira, com sede em Nova Petrópolis.

A Magnani já trabalha com carregadores elétricos com tecnologia de ponta Weg e está apta a municiar tecnicamente os pontos de recarga. Já a Sicredi Pioneira oferece financiamento ao segmento, tanto no que tange às instalações de carregamento quanto de veículos movidos a eletricidade. Portanto, ambas puxam esse movimento, que ganhará a partir de agora outros parceiros, incluindo os pontos comerciais estratégicos para o posicionamento dos carregadores, concessionárias que vendam veículos elétricos e outras companhias que venham a utilizar as estações como eixo de marketing.

A intenção é que a Rota Elétrica contemple 15 cidades gaúchas, incluindo Caxias do Sul, Tainhas (distrito de São Francisco de Paula), Torres, Osório, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Nova Petrópolis, Gramado, Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, Cambará do Sul, Capão da Canoa e Tramandaí, perfazendo quatro regiões com alta performance de desenvolvimento: Serra Gaúcha, Litoral, Região Metropolitana e Região das Hortênsias. Essas localidades também representam um grande polo de desenvolvimento turístico e circulação de visitantes.

A Rota Elétrica já nasce com hóspedes: um deles é o Café Tainhas, ponto de parada de quem se dirige da Serra ao Litoral Norte. A previsão é que, neste segundo semestre, seja instalada a estrutura de carregamento de carros veiculares no local, a tempo da temporada de veraneio.

Outros estabelecimentos também já deram seu “sim” para abrigar um ponto de carregamento, incluindo a Casa Fagundes, situada no distrito de Vila Cristina, em Caxias do Sul, e o Restaurante Cantinho do Pescador, em Torres. O foco são restaurantes, cafés, lojas de conveniências, hotéis, entidades de classe, supermercados, entre outros. Um raio de mais de 100 quilômetros com estações de carregamento permitirá que o proprietário de um veículo elétrico tenha autonomia assegurada para circular por regiões gaúchas sem preocupação.

Paulo Magnani, diretor geral da Magnani Luz e Energia, ressalta que o veículo elétrico propicia um novo aprendizado de abastecimento:

“Começa-se a recarregar o carro na hora do almoço, na hora do lanche, na hora de ir ao mercado. Buscamos pontos com referência de abastecimento elétrico com o intuito de manter sempre a bateria com carga. Mesmo que eu já tenha quase 80%, eu vou procurar sempre abastecer mais para ter uma carga segura para que, a qualquer momento, eu possa me deslocar para lugares mais distantes. No início, todo o proprietário de um veículo elétrico deve manter o modelo híbrido, elétrico e a combustão, e será uma transição, uma nova experiência que ele e a família terão”, explica Magnani, profundo estudioso do setor e das tendências tecnológicas.

O empresário lembra que entre os motivos que levaram a empresa a se envolver na dianteira da mobilização para as estações de recarga elétrica está a necessidade de oferecer infraestrutura para o setor além dos eixos urbanos.

Estudo do Boston Consulting Group (BCG) indica que a proporção de automóveis elétricos e híbridos passará dos atuais 10% para 51% das vendas globais em uma década.