Comportamento

"Não é passaporte sanitário" diz vereador de Farroupilha sobre projeto que prevê apresentação de carteira de vacinação da Covid-19

Foto: Especial Leouve
Foto: Especial Leouve

O vereador de Farroupilha, Roque Severgnini (PSB), junto a outros parlamentares, protocolou na Casa Legislativa um projeto que torna obrigatório a apresentação da carteirinha de vacinação contra a Covid-19 para que se possa acessar locais pré-determinados, como bares, academias, restaurantes e casas noturnas da cidade. Em entrevista ao Grupo RSCOM, o vereador defendeu a sua proposição.

Conforme ele, o texto não visa penalizar quem não quiser tomar a vacina, visto que não há a obrigatoriedade para tal. Mas que quem fizer essa opção terá uma restrição de circulação em locais onde geralmente ocorre aglomerações de pessoas.

Ele salienta que a medida é visando o bem estar, a vida da população e uma forma de ajudar o setor gastronômico e de ventos que foi diretamente atingido pela pandemia.

“Esse setor vem sofrendo muito. O setor de eventos, de entretenimento, foi o primeiro que parou e é o último que vai voltar. Então, nós também queremos fazer com que esse setor possa dizer pra sociedade: “olha aqui estão pessoas que estão vacinadas”. Todos podem frequentar com tanto que estejam vacinados, porque quem não se vacina é uma minoria, a maioria, creio que 99% se vacinam, Mas se esse 1% não se vacinar, ele vai continuar hospedando o vírus, e o vírus se fortalece como? Estando hospedado, ele vai se se fortalecendo, ele vai se transformando numa outra variante e ele vai contaminando e daqui a pouco vai que nem mais a vacina faz efeito”, disse.

Na noite da terça-feira (24), manifestantes estiveram na sessão da Câmara de Vereadores protestando. Com cartazes, eles chamaram o texto de “Passaporte Sanitário”, se posicionando contrários a tal imposição.

Foto: Vinícius Pigozzi

Com relação a isso, Severgnini diz que entende e respeita a posição de quem é contra, mas ressalta que discorda do nome que está sendo dado pelos manifestantes.

“Tinha lá um número de pessoas, embora um número reduzidíssimo. Eu contei, me parece que em torno de sete pessoas, mas a gente tem que respeitar a opinião deles, é democrático, eles podem participar, devem enfim, né? Mas assim, primeiro que eu não chamaria de passaporte sanitário, né? Eu chamaria de obrigatoriedade de apresentação da carteira de vacina, que é um nome um pouco mais adequado”, comentou.

O texto, que segue para a análise das Comissões da Câmara, também é assinado pelos vereadores Juliano Luiz Baumgarten (PSB), Gilberto do Amarante (PDT), Thiago Brunet (PDT), Tiago Ilha (Republicanos) e Felipe Maioli (MDB).

Confira a entrevista completa.