Agro Rural

Previsão para a safra de trigo é boa, mas duas regiões sofrem com a falta de chuva no RS

Durante a reunião da Câmara Setorial de Trigo da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural que aconteceu nesta manhã, foram expostos dados por diversas entidades.

(Foto: Débora Fabrício/Canal Rural)
(Foto: Débora Fabrício/Canal Rural)

Os dados preliminares de produção, colheita e área do trigo foram apresentados por diversas entidades na terça-feira (17), através da reunião virtual da Câmara Setorial do Trigo, organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). Representantes do setor produtivo, financeiro e industrial, das cooperativas, da área de pesquisa e dos governos estadual e federal estiveram presentes no encontro.

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL) acredita que a área plantada com trigo deve chegar a 1.150 mil hectares com uma colheita de 3 milhões e meio de toneladas. Segundo Hamilton Jardim, que também é presidente da Câmara Nacional das Culturas de Inverno do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), “ainda é cedo para os números definitivos”. Mas o cenário positivo e a expectativa dos produtores é grande, o que nos leva a estes números”.

(Foto: SEAPDR/Divulgação)

As estimativas apresentadas pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) mostram que uma área plantada de 1.100 mil hectares, com uma boa produtividade, pode chegar a ficar acima de 3.000 quilos por hectare. “Os temporais, principalmente a geada, causaram estragos pontuais em algumas lavouras. E nós temos relatos de baixo desenvolvimento na região das Missões por conta da estiagem. Mas como existem diferenças entre as regiões, até o momento a nossa expectativa é de que a safra seja favorável”, avalia Elder Dal Prá, da gerência técnica da EMATER/RS.

O representante da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Carlos Bestetti, mostra preocupação com o fator climático nas regiões Noroeste e Missões. “A planta está sentindo muito a falta de umidade nestas regiões, já tem trigo morrendo e as previsões climáticas não são animadoras, não tem chuva prevista. E o trigo precisa de umidade no período de florescimento”, diz Bestetti.

Já o assessor de agronegócio do Banco do Brasil, Edgar Erhart, relata que os meses de junho e julho foram bons para a cultura do trigo. Mas que agosto chegou com chuvas dispersas e que no Noroeste gaúcho já existem bolsões de seca, com níveis de umidade muito baixos. “As plantas não estão conseguindo desenvolver o seu potencial. Estamos em situação de alerta”, afirma Edgar.