Bento Gonçalves

Delegada Maria Isabel Zerman da 1º DP de Bento Gonçalves fala sobre a crescente de casos de estelionato na cidade

Imagem: Acervo pessoal
Imagem: Acervo pessoal

Um dos crimes que mais faz vítimas em Bento Gonçalves, o estelionato, tem ocorrido em proporções maiores ano após anos, tanto na cidade, quanto em todo o Rio Grande do Sul. Em 2021, a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento do município tem registrado diversos casos praticamente todos os dias.

Desde tentativas falhas dos criminosos, até golpes que geram prejuízo de dezenas de milhares de reais, os estelionatários entram em contato das mais diversas formas. Os criminosos agem, principalmente, através das redes sociais e ligações telefônicas, mas, os velhos golpes, como o bilhete premiado, ainda fazem vítimas.

A Secretária de Segurança Pública (SSP), divulgou que o número de vítimas no ano passado foi mais do que o dobro de 2019. No total, 2020 encerrou com mais de 62 mil ocorrências, o que gerou uma média de um golpe a cada 8 minutos.

De acordo com a Delegada da 1º Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, Maria Isabel Zerman Machado somente no mês de julho, os estelionatários causaram quase um milhão de reais em prejuízos na cidade. Por conta disso, reportagem conversou com ela para saber mais sobre estes crimes e como as pessoas podem blindar-se.

“O número vem crescendo de uma forma assustadora, durante a pandemia, no ano passado, no mês de março, a média das ocorrências recebidas pela Polícia Civil era em torno de 40 ao mês. Hoje, a média já está entre 100 e 120 vítimas por mês, ou seja, no ano passado nós tínhamos em torno de uma a duas vítimas por dia e agora nós já temos de três a quatro. Então é um número muito grande. Aumentou muito o número de estelionatos. E ele é praticado de várias formas, temos o golpe do bilhete, o golpe do perfil falso no WhatsApp, dos nudes, do cartão de crédito em que foram feitas compras indevidas.” Comenta a agente.

Ela segue sua fala afirmando que “A orientação da Polícia Civil é que as pessoas fiquem bem atentas a qualquer contato de estranhos que recebam, não repassem documentos pelo WhatsApp e nem entreguem o cartão com a senha a supostos funcionários do banco. Essas informações repassadas pelas vítima é que os estelionatários utilizarão para sacar valores, fazerem empréstimos e transferências bancárias. Os estelionatários têm uma criatividade imensa e os golpes são dos mais variados tipos, mas eu ressalto aqui que tem alguns golpes mais frequentes, um deles é o caso dos nudes. As pessoas enviam fotos íntimas e depois são extorquidas. Muitas vezes o estelionatário alega que é da polícia ou que vai fazer alguma denúncia, mas é tudo falso pra enganar a vítima que com medo deposita quantias em dinheiro. Nessas hipóteses eu oriento que as pessoas desconfiem de contatos em redes sociais de pessoas desconhecidas e caso tenham recebido alguma mensagem ou telefonema com esse conteúdo alegando que é um delegado, um policial civil, que as vítimas procurem primeiro a delegacia de polícia pra receber orientações, que não façam nenhum tipo de depósito.”

Caso a pessoa caía em um golpe, deve procurar a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento para registro de ocorrência. Na ocasião, deve levar documentos, extratos bancários, prints de conversas e outras informações que julgue necessárias.

A entrevista completa pode ser conferida abaixo: