Custo de Vida

Marcopolo 72 anos: de um galpão em Caxias do Sul à referência mundial

Mauro, Paulo Bellini, James e Paulo. Foto: Julio Soares, Objetiva
Mauro, Paulo Bellini, James e Paulo. Foto: Julio Soares, Objetiva

A história da Marcopolo começou a ser escrita em 6 de agosto de 1949, em Caxias do Sul, pelas mãos daqueles que acreditaram e ainda acreditam que a inovação é o caminho para o progresso. Por isso, há 72 anos, se consolida como líder de mercado e uma das maiores empresas da Serra Gaúcha, levando o nome e a marca fundada em Caxias para todo o mundo.

Desde a fundação em um pequeno galpão na esquina das ruas Os 18 do Forte e Treze de Maio, quando ainda era chamada Nicola & Cia., os idealizadores da Marcopolo traçaram uma meta: investir de forma contínua em aprimoramento, tecnologia e expansão. A empresa abriu suas portas com Paulo Bellini e sete sócios, além de quinze funcionários. Foi uma das primeiras indústrias brasileiras a fabricar carrocerias de ônibus. A visão empreendedora contribuiu para que a Marcopolo se transformasse em referência mundial no segmento, com mais de 400 mil unidades produzidas.

Após a morte de Paulo Bellini em 2017, hoje, a indústria é comandada pelos herdeiros Mauro Gilberto Bellini; presidente do Conselho de Administração, o CEO, James Bellini e na diretoria Paulo Pacheco Bellini.

Números atuais
Os primeiros seis meses de 2021
Nos meses de abril, maio e junho, a Marcopolo registrou crescimento de produção acima do percentual registrado no mercado nacional. No 2T21, o Brasil registrou aumento de 4,7%, com 3.456 unidades produzidas, no comparativo a 2T20. No mesmo período, a Marcopolo atingiu crescimento de 21,6%, com 2.483 unidades produzidas nas unidades brasileiras, incluindo a produção de modelos Volare. A receita líquida da companhia somou R$ 823,7 milhões no 2T21, aumento de 3,2% ante o 2T20. O lucro bruto atingiu R$ 60,5 milhões, com margem de 7,4%. O EBITDA totalizou R$ 140,5 milhões, com margem de 17,1%. O lucro líquido foi de R$ 200,9 milhões, com margem de 24,4%, beneficiado pelo reconhecimento dos processos de exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS, que representaram impacto positivo de R$ 383,0 milhões, antes de impostos.

Mercado externo
Mesmo diante do cenário adverso provocado pela pandemia, no segundo trimestre deste ano, a produção da Marcopolo direcionada para exportações foi 18,8% superior ao mesmo período do ano anterior. Nas unidades localizadas fora do Brasil, a produção cresceu 61,2%, contra uma base mais fraca de 2020, quando parte das operações se encontravam com as atividades suspensas em função da pandemia. Os números representam um total de 30,9% da receita líquida da companhia no 2T21.

Perspectivas
No segundo trimestre, a companhia fez importantes lançamentos. Em maio, lançou a linha Volare New Attack, aliando a robustez, conforto e segurança do modelo a um visual mais moderno. Em junho, foi a vez do modelo Marcopolo Viaggio 800, dedicado ao setor de fretamento. Entre os diferenciais da carroceria, a largura maior, que proporciona mais conforto e espaço interno ao passageiro, posicionando o produto na linha premium do segmento que mais se destacou no período da pandemia. E em julho, foi lançada a Geração 8, composta por modelos destinados ao transporte rodoviário. Os ônibus apresentam evoluções substanciais de performance, segurança, conforto e design, desenvolvidos com foco em clientes e usuários. Os novos veículos apresentados ao mercado reforçam o posicionamento da Marcopolo no mercado mundial de ônibus, propondo soluções inovadoras em mobilidade. Os lançamentos deverão contribuir e estimular as vendas já a partir do fim do terceiro trimestre, em um momento de retomada do segmento.