Comportamento

Direção do Hospital São Carlos, em Farroupilha, questiona Estado sobre critério na distribuição de medicamentos

Foto: Jefferson Bernardes
Foto: Jefferson Bernardes

O presidente da CPI dos Medicamentos e Insumos Covid-19, deputado Dr Thiago Duarte e o relator, deputado Faisal Karam, estiveram nesta quinta-feira (05) realizando uma visita técnica, que faz parte dos trabalhos da comissão, no Hospital Beneficente São Carlos, em Farroupilha.

Eles ouviram do comprador responsável  do HBSC, Volnei Causeau, o relato do aumento abusivo nos valores dos medicamentos. O Poprofol de um laboratório teve acréscimo de 160% e o mesmo remédio de outro laboratório aumentou  213%.

A máscara descartável teve acréscimo de 1.349%. A exemplo do Hospital Tacchini, em Bento Gonçalves, devido a fragmentação da entrega dos medicamentos comprados no Brasil, o São Carlos precisou importar da Turquia.

A  superintendente geral  Janete Toigo questionou o papel do Estado no critério de entrega e distribuição de medicamentos para as instituições de saúde.

“O ínfimo medicamento que veio pra nós do Governo Federal foi o Exército que entregou. O Estado não gastou R$ 1 real com isso. Até hoje não sabemos qual o critério para receber medicação do Estado porque nunca fomos atendidos com a quantidade real que precisamos. Não entendo qual o critério que o Estado tem conosco”.

O HBSC é referência em alta complexidade em traumatologia para 34 municípios,  502 mil habitantes.

“Se o Governo Federal não tivesse fornecido os recursos que recebemos não teríamos conseguido atravessar a pandemia”,  disse  a assessora de planejamento da instituição Sandra Bortoli.

“A CPI já ouviu mais de 80 hospitais. Quebramos o sigilo de 550 mil notas fiscais de todas as medicações no período de dois anos. Faremos acareação em 32 grupos. Vamos ajudar o Ministério Público a ter provas suficientes para punir os responsáveis”, falou Dr Thiago Duarte.

Na manhã desta sexta-feira (06), ocorre a visita ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria.