Comportamento

Você sabe por que agosto é conhecido popularmente pelo "mês do cachorro louco"?

Foto: Internet
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A maioria da população já ouvir falar que agosto é considerado o “mês do cachorro louco”. Esta expressão surgiu em um período que a raiva, era uma doença comum entre os animais. O animal infectado fica mais agitado, agressivo e em alguns casos solta uma secreção branca da boca (a baba).

A médica veterinária, Jéssica Mello de Mello, explica que “nesse período do ano são comuns mudanças climáticas que induzem a sincronização do cio entre as fêmeas, o que atrai os machos para o acasalamento. Por conta disso, os hormônios dos machos se alteram, gerando brigas e disputas pelas fêmeas. Como um dos meios de transmissão da raiva é a mordida, esses cães ficam mais suscetíveis a se infectarem, caso um desses cães esteja com a doença”.

Atualmente, a doença já está praticamente erradicada nos animais de estimação. Essa situação, segundo a médica é graças a vacinação recomendada e aplicada durante muitos anos. Porém, os donos de pets não podem se descuidar.

A vacinação contra a raiva é feita em todos os mamíferos, em idades estabelecidas. “Para cães e gatos o período recomendado para se fazer a vacina da raiva é o primeiro semestre de vida quando o animal é acompanhado desde o nascimento. Em animais resgatados/adotados já adultos, deve ser feita assim que possível e assim que o animal for examinado e considerado saudável. É uma vacina de dose única e deve ser reforçada anualmente”, explica Jéssica.

A vacina não costuma ter efeitos colaterais, de acordo com a veterinária, mas como toda vacina, o organismo dos animais podem reagir de forma individual com febre e reações inflamatórias. Ainda, em casos de contato com animais infectados, independente do tipo, o tutor deve levar o pet imediatamente ao veterinário, pois existem doenças que podem ser transmitidas para os humanos, como a raiva e a sarna.

Jéssica Mello reforça sobre outras doenças, que podem afetar os pets e a importância de manter o calendário vacinal em dia. “As vacinas obrigatórias por lei e de importância sanitária, tanto para a saúde animal quanto para a saúde humana, são as vacinas polivalente (que previne, entre outras doenças, a cinomose, a parvovirose e a leptospirose) e a antirrábica (que previne a raiva) para cães. E as vacinas polivalente (que possui 3 tipos, a tríplice, a quádrupla e a quíntupla, sendo a diferença entre elas é a quantidade de antídotos presente em cada, e o veterinário saberá qual a mais indicada para o estilo e ambiente de vida do felino) e antirrábica para gatos”.

A médica veterinária alerta que a população não pode medicar o animal em casa, sem um acompanhamento veterinário. Além disso, não é recomendado que o tutor ministre ao animal uma medicação de uso humano. Pois, muitos que são comumente usados para tratar humanos, são tóxicos e mortais para cães e gatos, além da grande diferença de dosagem entre as espécies.

Para concluir, Jéssica salienta que é super importante o animal ter a carteira de vacinação, isso é um documento. Por isso, caso o tutor perca a carteirinha deve procurar um médico veterinário de confiança e atualizar constando nela, além das vacinas, a vermífugação e o controle de ectoparasitas.