Comportamento

Cruz Vermelha comemora 31 anos de voluntariado em Caxias do Sul

Foto: Paula Brunetto / Grupo RSCOM
Foto: Paula Brunetto / Grupo RSCOM

A Cruz Vermelha, uma organização humanitária, sem fins lucrativos, composta inteiramente por voluntários, completa 31 anos em Caxias do Sul. Ela foi fundada no município em 3 julho de 1990, após ser identificada a necessidade de uma entidade para atender a população, especialmente jovens que eram dependentes químicos.

Uma organização a nível mundial, a Cruz Vermelha surgiu em 1859, quando o suíço Henri Dunant foi a Itália e se deparou com a Batalha de Solferino. Devido as grandes perdas humanas na disputa ele decidiu criar uma equipe que atendesse os feridos, independente do lado que estivessem. No dia 8 de maio de 1963, no dia do aniversário de Dunant, foi fundada a organização. Depois, em 1907, a Cruz Vermelha Brasileira foi fundada pelo Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, responsável pela iniciativa no Rio de Janeiro.

A filial do Rio Grande do Sul completou 91 anos de atuação em 2021, em Porto Alegre, tendo filiais em Rio Grande, Pelotas, Santa Maria e Caxias do Sul. No município de Caxias do Sul, 95 voluntários estão cadastrados no momento. Os principais projetos da Cruz Vermelha envolvem a situação de vulnerabilidade das pessoas em casos de catástrofes ou até durante pandemias, como vivemos no momento atual.

Um dos exemplos de trabalhos realizados ocorre neste sábado (3) na área central de Caxias do Sul. Em comemoração aos 31 anos da organização, das 9h às 17h, ocorre uma arrecadação de donativos para beneficiar entorno de 90 mulheres que se encontram recolhidas na Penitenciaria de Caxias do Sul. Os itens a serem arrecadados são produtos de higiene. Os voluntários estão devidamente identificados fazendo aferimento de pressão e entregando brindes.

O presidente da Cruz Vermelha em Caxias do Sul, Diego Monteiro explica que os voluntários trabalham de forma escalonada e tem horário para cumprir. “Por exemplo, estamos ajudando na vacinação da Covid-19 e naquele horário o voluntário tem que ter disponibilidade para o trabalho. Muitas pessoas querem ser voluntárias apenas em horários vagos da sua rotina, como aos sábados a tarde por exemplo, porém a Cruz tem uma estrutura similar a uma empresa, tem organização, planejamento e regramento”, relata.

Os voluntários da entidade seguem sete princípios: humanidade; imparcialidade; neutralidade; independência; voluntariado; unidade e universalidade.

A estrutura em Caxias do Sul é composta por salas de assistência social, psicólogos, Centro de Valorização da Vida (CVV), Narcóticos Anônimos, Neuróticos Anônimos e de um auditório com capacidade para 170 pessoas onde são realizados treinamentos, cursos, palestras e capacitações para os voluntários e a população em geral. Por exemplo, no local são ministrados o curso de Rádio Amador, licenciado pela Anatel, e de primeiros socorros, ambos para a população em geral. Além de um espaço equipado para a realização de um brechó de roupas e calçados.

Atendimentos

Monteiro explica que Caxias do Sul tem poucas situações graves que demandam trabalhos de risco aos voluntários. Em maioria, são coletas de donativos, entrega e assistência a famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade.

Porém, na Cruz Vermelha, cada voluntários se capacita para um segmento, auxiliando em alguma situação de salvamento. Cerca de 10 voluntários estão capacitados para a Gestão de Riscos e Respostas a Desastres. Neste caso, as pessoas atendem sinistros com equipamentos e ferramentas em desastres naturais, eles tem mapeamento de áreas de risco e de estruturas para salvamento. Além de realizar trabalhos de prevenções.

A Cruz Vermelha é acionada por meio de uma outra entidade como por exemplo Defesa Civil e Bombeiros para auxiliar em determinadas ocorrências. Caso alguma família busque diretamente o atendimento da equipe, é repassado para a Fundação de Assistência Social, assim é possível prestar um atendimento permanente. “O que acontece as vezes, por exemplo, a família sofre o sinistro vai lá quatro ou cinco entidades ajudam na hora, mas o problema vai permanecer, por isso fazemos uma parceria com a FAS e quando é de nossa alçada somos chamados para doar alimentos, roupas e prestar apoio permanente”, complementa o presidente.

Doações

A Cruz Vermelha recebe doações via pix, com a chave pelo CNPJ 08879164000142 ou presencialmente em campanhas como a Blitz do Bem.

Para conhecer a entidade ou tornar-se um voluntário, utilize as redes sociais, ou ainda compareça pessoalmente na entidade que fica localizada na Rua Feijó Junior, quase esquina com a Ernesto Alves,nº269, no bairro São Pelegrino, em Caxias do Sul.

Foto: Cruz Vermelha /Especial Leouve