O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB) concedeu uma entrevista ao Grupo RSCOM, durante o programa Bom Dia Trabalhador, da Rádio Viva FM, na manhã desta sexta-feira (11). Ele esteve nos estúdios acompanhado do Deputado Carlos Búrigo (MDB), do vice-prefeito de Farroupilha, Jonas Tomazini, do ex-prefeito Ademir Baretta, e de outros assessores.
O presidente foi recebido pelo Diretor de Rádios do Grupo RSCOM, Daniel Reche, e pelo Coordenador de Conteúdo, Dayan Santarosa, além do apresentador Sinval Paim.
A conversa girou em torno das ações da Assembleia, das melhorias nas estradas anunciadas pelo governo, concessões de rodovias e de autarquias estaduais e as ações parlamentares voltadas à Serra Gaúcha.
ESTRADAS
O primeiro assunto tratado pelo presidente foi a questão das estradas, principalmente na Serra Gaúcha, que foram contempladas com melhorias no anúncio feito pelo Governador Eduardo Leite, na última quarta-feira (09). Ele ressaltou o que chamou de momento histórico para o Estado que está conseguindo fazer investimentos importantes na região.
Ele lembrou que as consultas públicas e audiências públicas devem começar a partir da metade do mês de julho e que a população poderá opinar sobre quais melhorias são necessárias e em quais pontos, para que seja feito um estudo de impacto que irá viabilizar os valores cobrados nas possíveis praças de pedágios a serem instaladas.
Ele comentou que o orçamento do Daer nos últimos foi em média de R$ 150 milhões. Segundo ele isso era reflexo da falta de condições financeiras que o Rio Grande do Sul tinha. O presidente lembrou que isso reflete na posição de competitividade do Estado perante aos outros entes federativos.
“O Rio Grande do Sul é a quinta economia do Brasil, o oitavo no ranking de competitividade, e o 18º em infraestrutura. Isso são rodovias esburacadas, não duplicadas. É muito difícil escoar a produção. Pra tu tirar um produto feito em uma empresa aqui da Serra e levar para Porto de Rio Grande custa caro, mais caro que o normal por essas questões, inseguro, custa dinheiro, custa vidas. Precisamos melhorar esse ranking do estado, colocar o RS em quinto, sexto, para que possamos ter mais competitividade”, disse.
IMPOSTOS
Sobre a taxa tributária do RS, o presidente comentou que sempre houve um problema de fluxo, ou seja, sempre se gastou mais do que se arrecadou. Para ele, um dos pontos de recuperação está no que ele chamou que “fim do zigue-zague” da linha de trabalho no comando do Estado, com a eleição de Eduardo Leite, em 2018, que tem, nesse ponto, uma linha de pensamento parecida com a de seu antecessor, José Ivo Sartori.
Para ele, a continuidade desta agenda é o que tem possibilitado os novos investimentos da governo.
HOME SCHOOLING
O Deputado Carlos Búrigo, presidente da Comissão de Educação da Assembleia, comentou sobre a aprovação do sistema de ensino domiciliar na última semana. Ele comentou que o sistema já aplicado em outros países e que no Rio Grande do Sul a modalidade ainda está começando. A lei ainda depende da aprovação do Executivo.
PRIVATIZAÇÕES
Os dois também falaram sobre privatizações, especialmente da Corsan. Búrigo lembrou que outras empresas, como a Cesa e da CEEE, da Sulgás e da CRM, já estão em processo de venda e que este valore será usando no sistema de logística do Estado. Ele comentou que a retirada do plebiscito é uma oportunidade para que o Executivo mande seu projeto de venda para os deputados poderem debater e deliberar sobre o assunto.
Já Souza disse que encaminhou um pedido por escrito para Eduardo Leite um pedido de definição das regionais de saneamento que contam no Marco Legal do Saneamento para que depois se faça o projeto de privatização da Corsan. Ele alega que este é o caminho correto do debate.
O presidente diz que é importante que se pense não apenas no fornecimento da água, que é importante que seja feito a um custo baixo para a população, mas também no esgotamento das cidades.
“É uma incoerência defender apenas a água e não o esgotamento. Porque o esgotamento polui a água. O estoque hídrico do estado vai ficar poluído cada vez mais, reduzindo a possibilidade de potabilidade da água. Então é preciso ter investimento no saneamento e na distribuição de água. Tanto que o Marco Legal diz que 90% tem que ter esgotamento até 2033 e 99% de água potável em todo o Brasil”, disse.
Ele usou o exemplo de Farroupilha, que não tem esgotamento, como um problema de saúde, ambiental, de futuro da possibilidade de água potável e de desenvolvimento econômico.
Confira a entrevista completa: