Trânsito

Novos buracos, velhos problemas: a situação da ERS-122 entre Farroupilha e Caxias do Sul

Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM
Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM

“Não há previsão” e “O órgão aguarda liberação de verbas por parte do Estado”, essas tem sido as justificativas do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) ao longo dos últimos meses sobre a situação das rodovias da Serra Gaúcha, especialmente da ERS-122, uma dos principais trechos da malha viária da região, ligando Farroupilha e Caxias do Sul.

A reportagem do Grupo RSCOM esteve no local nesta semana, mais uma vez, para verificar a situação da rodovia. Ao longo dos quase 15 quilômetros que ligam as duas cidades, são inúmeros buracos e desníveis na pista que causam risco e transtornos para os condutores.

Em alguns pontos, obras foram realizadas há pouco tempo e o asfalto já começou a se desmanchar. É o caso do Km 61, na saída da Farroupilha. Em maio de 2019, a prefeitura da cidade teve a liberação do Daer para fazer o que a autarquia não conseguia: recuperar o trecho que tinha buracos de quase um metro de diâmetro. Exatos dois anos depois, os buracos retornaram, obrigando condutores a invadir a pista contrária para não ter uma parte do carro danificada.

Um pouco mais adiante, no Km 63, em novembro de 2019, foi liberado o fluxo de veículos na nova rotatória de acesso ao bairro Foqueta, nas proximidades da sede do Comando Rodoviário da Brigada Militar. A obra, que custou cerca de R$ 600 mil, chegou a ser paralisada em 2018 por conta de uma dívida do Daer com a empresa fornecedora de asfalto.

Pouco mais de um ano e meio depois, o asfalto está se deteriorando no ponto. Os condutores precisam ou sair da pista para um refugio, de chão batido, ao lado direito da via, ou transitar a centímetros do canteiro central do lado esquerdo. Ainda assim, é difícil desviar dos buracos. Há ainda, o risco de colisões traseiras, já que muitos freiam os veículos quase em cima dos buracos.

Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM
Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM
Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM
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Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM
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Foto: Cristiano Lemos/Grupo RSCOM
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Há outros diversos problemas, como buracos em praticamente todas as alças de acesso dos retornos da rodovia nos dois sentidos, recortes na pista na altura do Viaduto Torto para quem segue a Caxias do Sul, crateras nas laterais da pista na Descida da Julieta, e grandes desníveis na pista nas proximidades do acesso ao bairro Centenário, em Farroupilha.

Procurado, o Daer, em nota, respondeu que:

O Daer esclarece que, no momento, o Governo do Estado está finalizando o cronograma de obras e serviços na malha rodoviária estadual para o restante deste ano. Após essa definição, poderão ser elencadas as intervenções a serem executadas nas rodovias da região.

Conforme pesquisa de 2017, realizada pela autarquia, circulam cerca de 90 mil veículos por dia no entorno de Farroupilha. Destes, 68 mil na ERS-122; 20 mil na RSC-453 e dois mil na VRS 813.

O governo do Estado, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), projeta para o fim de maio a conclusão dos estudos que definirão o modelo de viabilidade para a concessão de 1.151 quilômetros de rodovias estaduais à iniciativa privada, entre elas, algumas que cortam a região da Serra Gaúcha.