Bento Gonçalves

Fundação Araucária não atende mais a saúde pública de Bento

Obras do bloco cirúrgico anexo à UPA 24h já duram 12 anos
Obras do bloco cirúrgico anexo à UPA 24h já duram 12 anos

O primeiro dia de atendimento na saúde pública de Bento Gonçalves depois do encerramento do contrato com a Fundação Araucária, que gerenciava a contratação de médicos e outros profissionais da área desde 2010, transcorreu com tranquilidade nas unidades de atendimento de urgência e emergência e no serviço de socorro móvel.

O feriado desta terça-feira, dia 1º de maio, forneceu um cenário propício para a transição, com as unidades de saúde sem atendimento. Nesta quarta-feira, dia 2, o funcionamento normal da rede vai permitir identificar se haverá alguma alteração. Na prática, não deverá haver mudanças drásticas: o atendimento segue prestado por servidores concursados e por médicos contratados pela Atena Serviços Médicos, uma empresa com sede em Curitiba (PR), muitos deles os mesmos que já prestavam atendimento contratados pela Araucária.

A prefeitura de Bento Gonçalves assinou na sexta-feira, dia 27 de abril, um contrato emergencial com a empresa paranaense. O acordo estará em vigor até outubro, e custará R$ 6,8 milhões, ou mais ou menos R$ 1,1 milhão por mês. Entre os profissionais, estão motoristas do Samu e cerca de 150 médicos.

A contratação emergencial da Atena faz parte da estratégia da secretaria da saúde em diminuir a dependência de empresas terceirizadas, e responde a um desgaste das relações de oito anos de contrato com a Araucária, encerradas agora.

Desde o ano passado, a prefeitura iniciou um processo buscando diminuir a dependência de terceirizados e não ter apenas uma entidade responsável pelos serviços. Conforme o secretário de Saúde de Bento, Diogo Siqueira, em pouco mais de um ano, cerca de 200 aprovados em concursos na área da saúde já começaram a trabalhar.

A prefeitura já publicou editais para contratar empresas para a contratação de profissionais do Samu e também para a contratação de médicos e outros profissionais da saúde, mas ações na justiça ainda impedem a continuidade do processo.