Últimas notícias

A cidade do futuro se faz agora

A cidade do futuro se faz agora


O debate sobre o futuro que queremos para as nossas cidades ganha cada vez mais espaço na Serra Gaúcha. As principais cidades serranas debatem a revisão de seus planos diretores, e outras iniciativas se projetam para debater que futuro será esse.

Eu acredito que uma cidade deve ser justa com todos e para todos que a habitam. E uma cidade justa deve aproximar as pessoas. E para isso, misturar as funções da cidade e moradores com rendas distintas, habitações, comércio, instituições e áreas de lazer próximas e acessíveis a todos parece uma receita possível. Basta querer. E pensar.

Por isso, uma cidade precisa ser desenhada tendo como base as pessoas e a sua inclusão. O urbanismo, a reabilitação urbana e a construção sustentável são questões que exigem reflexão e uma política que se coadune com essa cidade, não esquecendo a sua história e o seu patrimônio do passado.

Porque cada cidade é uma cidade com as suas especificidades, com os seus encantos, com a sua personalidade que a tornam única. Os canais de Veneza, os bulevares de Paris, os parques de Nova York encravados no coração da cidade, as construções marcantes próximas às águas de Sidney, tudo isso garante personalidade à cidade e ensina a conviver com a diversidade.

O futuro nos obriga a explorar a imaginação, equilibrar interesses com bom senso e estimular a capacidade de gestão. Uma cidade de futuro tem que ter todo o tipo de oferta, desde cultural à educação.

Não podemos esquecer de olhar para uma cidade pela sua economia, a capacidade de criar emprego, de captar talentos e estimular seu desenvolvimento, atrair negócios e promover oportunidades. E esse desenvolvimento econômico precisa promover também o desenvolvimento social e humano, com amplas zonas verdes para o lazer e a prática de esportes, com crianças a brincar e com mobilidade e acesso aos idosos, ciclovias, transporte público de qualidade. Uma cidade na perspectiva humana.

Porque a mobilidade dentro de uma cidade é dos maiores bens dos seus habitantes. E uma cidade dotada de inúmeros serviços de qualidade para as pessoas não pode estar prisioneira do trânsito.

É também a qualidade da habitação que define a qualidade de vida dos moradores, e isso precisa ser encarado como uma necessidade fundamental das pessoas. Outra questão primordial é a segurança, porque essa é uma condição fundamental para garantir a cidade para as famílias.

Os desafios são muitos e diversos, e é preciso que toda a sociedade seja protagonista das transformações. Afinal, se projetar é mesmo pensar antes, então está aí a condição fundamental. Por isso, todas as iniciativas para transformar mentalidades, diagnosticar necessidades de todos os estratos da cidade e projetar uma cidade inteligente, conectada e permeável são bem-vindas.

Porque a cidade do futuro se faz agora, para que não seja preciso sair dela para se ser feliz.