Fico fascinada com o poder que temos em nossas mãos.
Quando pequena, muitas noites eu só conseguia dormir se fosse de mãos dadas com a minha irmã.
No auge da minha depressão pós-parto, lembro-me de pedir para minha mãe ficar de mãos dadas comigo.
Quando minhas filhas estão aflitas, seguram a minha mão firme, como se esse gesto as tornassem mais fortes.
Essa noite, madrugada adentro, a minha mão foi o que acalmou o corpo cansado do meu querido pai.
“Segura a minha mão, filha”.
Meus olhos até podiam piscar, mas minhas mãos permaneceram ali em vigília.
Sim, as mãos tem o poder de curar. Não me restam dúvidas.