Saiba o que fazer se seu pet ingeriu um corpo estranho

Quando o animal ingere algum material que não pode ser digerido pelo trato gastrointestinal, chamamos assim mesmo, de corpo estranho. Incluem-se aqui os mais variados tipos de estrutura: pano, osso, prego, agulha, linha, caco de vidro, pedaço de brinquedo, pedra, joias, palito de picolé, semente de frutas… São muitas estruturas que por mais que não pareçam atrativas, alguns pets acabam ingerindo e podem sofrer consequências graves por isso, caso demore a receber atendimento médico.

Se você não viu seu bichinho comer algo, mas observou sinais como vômitos, inapetência (sem vontade de comer), apatia e desconforto, deve levá-lo para consulta e exames para investigação da causa de base. Essa sintomatologia pode ter diversas causas e o corpo estranho é uma delas. Agora, se você viu o seu pet comer algo suspeito, não tenha dúvidas: leve-o o mais rápido possível para uma avaliação veterinária. Com exames complementares de imagem, na maioria dos casos se consegue definir onde o objeto se encontra e se é necessário alguma intervenção. Em alguns casos o corpo estranho pode ser pequeno e ter baixo risco de causar problemas (como obstrução ou perfuração intestinal), nestes casos, é importante seguir acompanhando a localização do corpo estranho para verificar se ele está progredindo no trato intestinal juntamente com as fezes. Entretanto, infelizmente na maioria dos casos é necessário algum tipo de intervenção para retirada do objeto.

O corpo estranho pode ser retirado por endoscopia ou cirurgia. Ambos procedimentos necessitam de anestesia geral. A endoscopia é a intervenção de eleição em casos que o corpo estranho está situado no esôfago ou estômago. É um procedimento muito menos invasivo que a cirurgia, capaz de retirar o corpo estranho sem necessidade de cortes e a recuperação do paciente é muito rápida. Os pontos negativos que podemos citar da endoscopia para retirada de corpo estranho são:

– Insucesso do procedimento: dependendo da natureza do objeto e se no momento do exame o mesmo já tiver progredido para o intestino, pode não ser possível a retirada e ser necessário conversão para procedimento cirúrgico;

– Disponibilidade: o número de veterinários aptos e equipados vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, mas, dependendo da região, esse recurso ainda pode não estar disponível;

– Custo: Devido principalmente ao valor do endoscópio, o custo é, geralmente, mais elevado que a cirurgia.