Opinião

Como funciona a fisioterapia veterinária?

Como funciona a fisioterapia veterinária?

Agora que já sabemos a origem e os objetivos de um tratamento com fisioterapia (explicado no meu primeiro texto, já postado), podemos entender um pouquinho mais de como ele funciona.

As pessoas que já fizeram fisioterapia para tratar alguma lesão no seu corpo, tem grande curiosidade em saber como seria esse tratamento nos bichinhos de estimação.

É igual? Não totalmente.

Devido ao fato dos animais não entenderem o porquê estão ali, devemos ter alguns cuidados para não assustá-los nem traumatizá-los, visto que a grande maioria deles está com algum desconforto ou dor. Na fisioterapia veterinária contamos muito com as terapias emitidas por aparelhos, a maioria delas são de ação indolor, o que ajuda bastante no manejo e na aceitação do animal durante a sessão.

Há uma variedade bem grande de aparelhos usados na fisioterapia veterinária atualmente, o que faz com que essa especialidade cresça cada vez mais, pois assim tem melhores e mais rápidos resultados.

Dentre todos esses aparelhos contamos com:

– laserterapia (ação antiinflamatória, de cicatrização tecidual, de neuroestimulação e de neuromodulação);

– eletroterapia (analgesia e fortalecimento muscular), campo magnético/magnetoterapia (ação analgésica, relaxamento muscular, consolidação óssea em fraturas, regeneração nervosa e articular, aumento da circulação sanguínea local);

– fototerapia/ledterapia (ação antiinflamatória, analgésica e de neuromodulação) e

– ultrassom terapêutico (aumento da circulação sanguínea local, regeneração tecidual, aumento da mobilidade articular, aumento da elasticidade tecidual, ação antiinflamatória e analgésica).

Além dos aparelhos, a fisioterapia veterinária trabalha com cinesioterapia (exercícios terapêuticos), a fim de estimular o corpo a reaprender movimentos e a trabalhar sua musculatura. Dentre eles contamos com:

– movimentação passiva (massagem, flexão e extensão articular, estimulação de reflexos e sensibilidade, alongamento);

– exercícios passivos (disco e bola de equilíbrio, prancha de equilíbrio, colchão proprioceptivo) e

– exercícios ativos (obstáculos, zigue zague, rastejar, sentar e levantar, hidroesteira), sendo todos estes com objetivo de retorno ou melhora funcional do membro (pata) do animal, de uma melhor e mais correta descarga de peso entre os membros, de mais equilíbrio, de mais coordenação e de fortalecimento muscular.

Para prática da cinesioterapia, normalmente petiscos e brinquedos ajudam muito na condução e estímulo do animal a realização do exercício.

Cada animal, lesão, sintomatologia e gravidade do caso tem um protocolo elaborado pelo veterinário, não havendo uma regra. Cada animal tem seu tempo e sua resposta, variando na duração e conclusão do tratamento.

Quem sou eu?
 Jéssica Mello de Mello
– Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2014
– Especializada em Fisioterapia de pequenos animais pela Fisio Care Pet de São Paulo em 2017
– Trainee na área da fisioterapia animal nos anos de 2017 e 2018
– Atuação autônoma e exclusiva com fisioterapia de 2019 até hoje