Ultimamente chego ao final do dia com a sensação de que nada que eu fiz ficou bem feito. A pandemia está nos obrigando a lidar com a imperfeição, bem como com a falta de tempo para se empenhar em todas as funções que exercemos.
Sinceramente, não sou a melhor dona de casa, tenho minhas limitações na hora de cozinhar e meu talento como professora das minhas filhas é zero. Quando eu vou escrever, às vezes me faltam palavras, ando mais cansada e minha vida fitness está em decadência.
Faço tudo, mas ultimamente do “jeito que dá”. Poxa, como é difícil lidar com essa sensação de impotência. O tempo é um só, as demandas se sobrepõe, nos confundem.
Mas vamos lá, existe um certo ganho escondido em ter que se adaptar com essa imperfeição.
Inclusive, um dos livros mais vendidos no Brasil é justamente o que aborda esse tema. Da autora Brené Brown, “A coragem de ser imperfeito” trata de assuntos que costumam ser evitados, como vulnerabilidade, vergonha, medo e imperfeição.
Em seu texto, Brown busca mostrar ao leitores que a vulnerabilidade não é uma fraqueza, mas sim a melhor definição de coragem.
Sim, estamos vivendo tempos vulneráveis. Já passei por tantas fases nessa pandemia. Ora estou no estágio da aceitação, ora da significação.
Aprendi também a viver um dia de cada vez, sem tantas expectativas e planejamento. E a encontrar beleza nas minhas imperfeições.