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Seis pré-candidatos apresentam propostas no Fórum da Liberdade

Seis pré-candidatos apresentam propostas no Fórum da Liberdade


Seis pré-candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano estiveram participando nesta segunda-feira, dia 9, de um encontro de presidenciáveis promovido pelo Fórum da Liberdade, que segue até esta terça-feira, em Porto Alegre.

João Amoêdo (Novo), Flávio Rocha (PRB), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) falaram cada um por 15 minutos e depois responderam a duas perguntas apresentadas pelo Instituto de Estudos Empresários (IEE), promotor do fórum.

Seis pré-candidatos participaram de encontro na capital gaúcha (Fotos: Rogério Costa Arantes)

De acordo com Julio Lamb, presidente do IEE, o presidente Michel Temer não foi convidado e Jair Bolsonaro (PSL) recusou o convite por motivos particulares. Manuela Dávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (Psol) também não compareceram.

João Amoêdo defendeu o que chamou de novo modo de fazer política, citando a ausência de doações, a não-utilização do fundo partidária e a intenção de não realizar coligações, elogiou programas como o Bolsa Família e defendeu a privatização de estatais e um novo pacto federativo. “Entendemos que o Estado é um péssimo gestor, não dá conta de educação, saúde, segurança, e nem deveria estar envolvido na gestão de empresas”, afirmou.

Flávio Rocha veio em seguida e iniciou com uma breve apresentação de sua atuação como empresário, lembrou de sua origem nordestina, elogiou programas de capacitação ao empreendedorismo, defendeu o “livre mercado” e aposta na flexibilização do estatuto do desarmamento. “ Nem a proibição absoluta e nem a liberação absoluta ideologizada como nos Estados Unidos. Vamos buscar um meio termo”, disse.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu o equilíbrio fiscal como forma de ajustar as contas públicas e lembrou que as políticas defendidas por ele estão tirando o país da “pior crise desde 1928”. “Será preciso fazer algo muito além das reformas, é preciso fazer a população entender porque elas são necessárias”, sintetizou.

Em seguida, Ciro Gomes fez um balanço histórico da situação nacional, destacou temas como a geração de empregos, citando que mais da metade da população está na informalidade, e apresentou o que considera os principais desafios das candidaturas de centro e de esquerda, indicando que o primeiro ano do próximo governo ainda será muito difícil. Para ele, o que derrotou Fernando Henrique e os governos do PSDB foi o mesmo fenômeno que derrubou Dilma Rousseff: a perda de valor do Real. “Nosso desafio é mostrar que a resposta que temos é melhor que a da direita para resolver o problema da pobreza e da corrupção”, afirmou.

Marina Silva lembrou de sua trajetória e das dificuldades superadas, afirmou que tem posições bem definidas, iniciou afirmando que tem o sonho de construir um país socialmente justo, economicamente próspero, culturalmente diverso, politicamente democrático e ambientalmente sustentável, e defendeu o diálogo. “O sonho é a matéria-prima mais completa para mudar o mundo”, sintetizou.

Governador de São Paulo, Alckmin focou sua palestra nos resultados de seu governo, e confirmou que irá privatizar a Eletrobras. “Entre falar e fazer na política existe um abismo”, disse. Perguntado sobre a sucessão em São Paulo e sua escolha para a candidatura do partido, ele desconversou. “O quadro é diferente, o eleitor é muito exigente. Acho que vamos fazer uma boa aliança e bons palanques estaduais. No meu caso, nem houve a necessidade de prévias. O partido está unido”, afirmou.