O prefeito de Farroupilha e atual presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), Fabiano Feltrin, em entrevista ao Portal Leouve, nesta quinta-feira (01), comentou sobre as demandas recebidas, principalmente dos pequenos e médios empresários, neste momento de pandemia e com parte do comércio e serviços fechados devido ao enquadramento da Serra Gaúcha na bandeira preta do Mapa de Distanciamento Controlado do Governo Estadual.
Feltrin comentou que cerca de 90% das empresas são de pequeno e médio porte, muitas delas familiares, e nesse aspecto é preciso entender o contexto do pedido de flexibilização, levando em conta a necessidade das pessoas em trabalhar e levar o sustento para as suas casas.
De acordo com o prefeito, há um contrassenso nas ações que vem sendo tomadas durante a pandemia. Para ele, sem a oportunidade de trabalhar, há um risco de a sociedade caminhar para uma trajetória de miséria. Já que sem a geração de renda, feita através do trabalho das pessoas, a administração ficará sem arrecadar e, sem arrecadar, poderá haver uma diminuição nos investimentos.
Feltrin diz que o pedido para o Comitê Estadual é que se evite o que ele chamou de uma convulsão social, onde as pessoas não irão mais respeitar as regras e que isso pode acarretar em um colapso ainda maior no sistema de saúde.
Notícias Relacionadas
LITORAL NORTE
Governo federal e empresa assinam contrato que garante concessão do Porto Meridional em Arroio do Sal
Empreendimento, que deve ter execução autorizada em outubro, possui investimento de R$ 1,3 bilhão
MOBILIZAÇÃO
Cotiporã começa a receber estruturas das pontes sobre os rios Carreiro e das Antas
Travessias farão ligação da cidade com Bento Gonçalves e Dois Lajeados. Montagem de peças sobre Rio Carreiro está prevista para começar na segunda-feira (7). Acessos estão sendo reconstruídos pelo programa Pontes do Sul
“Precisamos evitar essa convulsão social. Se a gente estender o atendimento em duas horas nos restaurantes, você estará fazendo a ampliação dos horários de funcionamento para diminuir as aglomerações e possibilitar o atendimento das atividades com o distanciamento social. Sabemos que é preciso ter um controle, para que não haja problemas na saúde. Mas não podemos deixar que a sociedade civil seja levada à miséria. É preciso ter equilíbrio entre as partes”, disse.
Ele defende a abertura do comércio com todos os protocolos de saúde já apresentados e que provaram ser efetivos. Conforme ele, as reuniões com o governo estadual tem sido proveitosas, a medida de que são apresentados números que comprovam que a cidade tem tido uma boa reposta ao proposto para a diminuição dos casos da Covid-19.
Porém, para que a abertura ocorra, Fabiano diz que é necessário que todas as pessoas tenham consciência sobre o seu papel na sua comunidade. Ele usou como exemplo os profissionais da saúde, que passam o dia em um local onde o vírus circula, mas que com o uso da máscara corretamente, do álcool gel e mantendo a higienização e o distanciamento, consegue trabalhar de forma plena.
