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Sindilojas Caxias reivindica abertura do comércio em feriados e finais de semana

Foto: divulgação
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O Sindilojas Caxias solicitou audiência on-line com o prefeito Adiló Didomenico, realizada nesta sexta-feira (26) para reivindicar a abertura do comércio nos finais de semana e feriados, especialmente, para a Sexta-feira Santa (02), que antecede a Páscoa. Outra pauta da reunião foi a necessidade do retorno das aulas presenciais, especialmente, na Educação Infantil. Participaram da reunião virtual a presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini, acompanhada pela gerente executiva, Lisandra De Bona, e pelo assessor jurídico César Bisol.

No encontro virtual, a presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini, ressaltou a importância da abertura do comércio nos finais de semana e feriados, enquanto a bandeira preta estiver em vigor, que é também uma reivindicação da Fecomércio-RS intensificada durante toda essa semana. Afinal, a restrição de horários e a proibição de abertura aos sábados e domingos compromete os esforços para garantir o distanciamento entre as pessoas, especialmente, com a proximidade da Páscoa:

“Após três semanas de portas fechadas, é urgente fazer um ajuste nos protocolos estabelecidos para o comércio para evitar a concentração de consumidores, já que a restrição de dias e horários pode levar um número maior de pessoas simultaneamente nos estabelecimentos”, destacou. Segundo ela, o Sindilojas Caxias está recebendo muitos pedidos, especialmente, dos comerciantes que vendem produtos para a Páscoa: “Se não for possível retomar o funcionamento para todos nós do comércio varejista não essencial, que seja permitido então àqueles que vendem chocolates antes da Páscoa”, ponderou. Ela ressaltou ainda que a abertura do comércio varejista não essencial de segunda a sexta inviabiliza o acesso para o consumidor que só tem disponibilidade de fazer compras aos sábados e domingos: “Permitir o atendimento nos finais de semana e no feriado de Sexta-feira Santa, que já é autorizado pela nossa Convenção Coletiva, possibilita que as famílias possam se planejar para fazer as compras de Páscoa, evitando aglomerações no comércio”, defendeu a presidente. Afinal, a restrição de abertura do comércio a horários reduzidos traz como consequência maior concentração de pessoas em um número menor de estabelecimentos, causando um desserviço às medidas de combate do coronavírus.

O assunto prioritário do Sindilojas Caxias foi a flexibilização de horário de atendimento, mas outra preocupação dos comerciantes é com o retorno das aulas presenciais, especialmente, para a Educação Infantil: “Uma parcela dos funcionários do comércio está impedida de voltar a trabalhar porque não tem com quem deixar os filhos durante o expediente. Precisamos do apoio da prefeitura para dar voz à essa reivindicação”, solicitou Idalice. Ela lembrou que, mesmo em bandeira preta, as escolas têm autorização para funcionar pelos protocolos do modelo de Distanciamento Controlado, mas uma medida aplicada pela Juíza Rada Maria Zanan determinou a suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do Estado do Rio Grande do Sul, enquanto estiver vigente a decretação de bandeira preta do Sistema de Distanciamento Controlado, independentemente de eventual flexibilização de protocolos. Para ela, com o Projeto de Lei (PL) 144/2020, que reconhece a educação infantil e fundamental das redes pública e privada como essenciais, há argumento para o poder público se interpor e recorrer à decisão judicial.

O prefeito Adiló Didomenico reconheceu que as restrições de horário ao comércio varejista não essencial acabam causando concentração de pessoas no centro da cidade, o que não contribui para o distanciamento social: “Com a cogestão retomada, podemos argumentar, por meio da Amesne. Nós sabemos da importância que a Páscoa tem para o comércio e acreditamos sim que haverá uma flexibilização para a abertura no feriado, mas essas decisões vão depender de uma melhora nos índices de saúde”, argumentou. Sobre a Educação Infantil, ele afirmou que, infelizmente, a questão foi judicializada, o que limita a atuação do poder executivo: “Compreendo a situação dos funcionários, sou solidário à situação dos pais que não podem contar com as escolas para deixar seus filhos e espero que, ao ser decretada como atividade essencial, a Educação Infantil possa ser retomada”, informou.