Esta manhã alguém me disse que não dá pra discutir com petistas. Não foi a primeira vez que ouvi a frase, é lógico. E há um bocado de verdade nela. Mas, de bate-pronto respondi que nem com bolsomitos, ou com aqueles que têm uma solução simples pra tudo, como pena de morte, militares no poder, ou juros de 12% ao ano. Quem dera…
Tá faltando diálogo. Todo mundo tem a mais plena certeza sobre tudo e não cede para que o outro exponha sua verdade. Mais do que ouvir é importante mostrar o quanto é sólida sua convicção. E aí vira conversa de surdos – não, estes se esforçam pra entender o que o outro quer expressar.
O Papa Francisco voltou a proferir uma daquelas sentenças que seria forte na voz de qualquer um, mas se é o Papa quem diz, não há porque questionar. Chamou de hipócritas os católicos que dizem uma coisa e falam outra. E não é só isto. Vivemos o feriado de Páscoa. Tempo de renovação e esquecemos o que Cristo ensinou. Ele vivia numa época em que o dente por dente prevalecia, Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
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Pois foi neste ambiente inóspito e onde ele morreu de forma tão cruel, que pregou a conciliação, amor, dar a outra face. Fico a me perguntar coo tanta gente cristã, independente de seguir o Bispo Edir Macedo ou o Papa Francisco ou mesmo de ir a um Centro Espírita, consiga acatar tanto sua forma de pensar quando se trata de política, de diretos humanos ou de punição a criminosos. Seria uma forma de sincretismo político-moral-religioso?
Pois outro dia a professora Cláudia Shiedeck, que é PT de carteirinha e a gente sabe que o PT nunca foi adepto de alianças – pelo menos não até que chegasse ao poder em Brasília e aí entendesse que sem dividir o bolo não governaria – pois a Cláudia disse que já há pensamento dentro do partido de que vai ser preciso dialogar com partidos que pensem semelhante. Aleluia.
