O Cofundador e diretor-presidente do Observatório de Comunicação Institucional e doutor em Ciências da Comunicação, Manoel Marcondes Neto, defendeu a criação de mecanismos que ampliem o investimento das empresas em marketing cultural. O tema foi debatido durante a reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços, nesta segunda-feira, 26.
Para Marcondes, o investimento cultural das empresas ainda está muito restrito às políticas de incentivos fiscais. Na palestra, o professor lembrou que apenas 0,08% do orçamento da União é destinado à cultura. E mais: 85% do orçamento fica no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília.
Diante desse cenário, o especialista despertou nos empresários a ideia de que o investimento em marketing cultural pode ocorrer de outras formas. “Nós precisamos criar mecanismos eficientes para o investimento em marketing cultural. É preciso aproximar as empresas dos produtores de Cultura. O patrocinador também tem interesses. Nós precisamos sair do modelo em que o artista cria e o patrocinador apenas dá o dinheiro. Os dois precisam alinhar interesses. A empresa pode atuar como uma espécie de curador”, exemplificou.
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Outra forma de patrocínio colocada como alternativa por Marcondes é inserir a marca da empresa em forma de name rights em uma galeria de arte ou museu. Para ele, iniciativas como essa podem gerar um retorno interessante em termos de prestígio à empresa. Por fim, o palestrante provocou a plateia a pensar alternativas para o mercado cultural caxiense.
O Financiamento de Arte e Cultura, que teve o repasse reduzido pelo prefeito Daniel Guerra no ano passado, também veio à tona. O vereador Paulo Périco (PMDB) citou a redução no repasse e cobrou o investimento do município em cultura e outras ações que possam agregar valor à “marca” de Caxias do Sul.
