Enfrentando protestos em série desde que iniciou a caravana no Rio Grande do Sul, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado pela primeira vez a cancelar um compromisso no estado na tarde desta sexta-feira, dia 24, em Passo Fundo, em consequência de uma manifestação contra a presença de Lula na cidade que bloqueou a rodovia ERS-324.
Entre gritos de ordem como um que dizia “Lula ladrão, em Passo Fundo não”, um dos mais ouvidos, o grupo formado por ruralistas e manifestantes ligados ao MBL colocou fogo em pneus e cruzou tratores na estrada para evitar a passagem da caravana, que, antes de recuar, esperou cerca de três horas em Pontão, um pequeno município de 3,8 mil habitantes a 41 quilômetros de Passo Fundo, onde Lula participou de um ato no início da tarde. Um dos manifestantes chegou a ser preso por desacato.
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A decisão foi tomada depois que a organização da caravana teria sido informada que as autoridades não poderiam garantir a segurança da comitiva na cidade. O Batalhão de Operações Especiais (BOE) chegou a lançar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que pretendiam lançar ovos contra os ônibus da caravana e que permanecia no local mesmo com os apelos da Brigada Militar (BM).
Sem cumprir a agenda na cidade, onde visitaria o campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e discursaria aos militantes, o ex-presidente seguiu em um voo fretado até São Leopoldo, onde encerraria a passagem gaúcha.
