Bento Gonçalves

Vailatti, do Sitracom, conclama trabalhador a estar unido com os Sindicatos

Vailatti, do Sitracom, conclama trabalhador a estar unido com os Sindicatos
A nova diretoria prestou juramento no ato de posse. Foto Giovani Nunes

A apresentação do presidente recém empossado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom BG), Ivo Vailatti ao quadro social da entidade foi marcada por mais um ato contra as reformas trabalhista e previdenciária. O evento realizado no domingo, 11, no Centro de Lazer, reuniu associados e sindicalistas que protestaram veementemente contra o governo de Michel Temer, especialmente no tocante ao fim de direitos previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).  

Vailatti recebeu o apoio das entidades sindicais que querem agora, atuar de forma mais incisiva na conscientização dos trabalhadores. “Acreditamos que a melhor forma de lutar contra o retrocesso de décadas é através da informação. Quanto mais conhecimento o trabalhador tiver sobre o que está em jogo, mais ele vai se empenhar nesta luta. Caso isso não aconteça, restará a ele apenas a lembrança do que já teve e que perdeu”, analisa o presidente.  

Ainda sob a ótica do sindicalista, a questão é clara:  “-Como o sindicato é o ponto de equilíbrio entre o capital e o trabalho, os golpistas estão empenhados em acabar com ele. Sem uma entidade forte que represente os trabalhadores e defenda seus interesses fica muito fácil explorá-los e privá-los de seus direitos”. Para ele, há uma campanha sórdida e a prova disto é que se tenta convencer os operários a abandonar a contribuição sindical para acabar com os recursos das entidades.

A colega do movimento sindical,  Orildes Lotice, presidente dos Empregados no Comércio de Bento Gonçalves destaca o desafio do dirigente diante do quadro que se apresenta. “Para enfrentar esta reforma, temos que contar com a união dos trabalhadores. Os resultados disso vão começar a aparecer imediatamente e somente com o empenho deles que precisam estar conscientes das perdas que terão é que poderemos resistir”, observou a sindicalista. “O trabalhador tem que ter a coragem de dizer que quer um sindicato forte, porque se abrir mão dele será explorado”, concluiu.  

O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Rio Grande do Sul, Aroldo da Silva Garcia lembrou que o trabalhador só conta com o seu sindicato para a defesa dos seus interesses. “Nossa bancada no Congresso é muito fraca, temos 28 deputados, o restante é bancada da bala, evangélica, da bola e ruralista. Ou seja, estamos numa situação muito desfavorável. Se não houver uma reação vamos ser praticamente escravizados”, alertou.