Opinião

A aposta no poder da mudança

A aposta no poder da mudança


Sinceramente, aprendi a descrer de fórmulas prontas. Já entendi que um presidente da República não poderá promover uma mudança significativa se atender às velhas fórmulas já estabelecidas. Sei e apoio quem diz que é preciso mudar. Mas isto na maioria das vezes fica apenas no slogan de campanha. Quero ver mudar depois que está dentro, depois de eleito.

Já vi gente tentando renovar com o velho aqui bem pertinho. Não dá. Por isso gosto da fala do novo Ministro da Segurança Raul Jungmann ( novo até no sobrenome) quando diz acreditar que é possível combater a criminalidade e reverter este momento tão ruim vivenciado pelo Brasil. Bom lembrar que o  Rio de Janeiro é só uma foto 3 x 4 do que acontece em grandes capitais, mas também em longínquos grotões. Impunidade e a lei do velho oeste estão prevalecendo.  Será que precisamos nos render aos bandidos? Concordo com o Ministro: não.

Vindo aqui para a nossa realidade, o presidente do CIC de Bento Gonçalves, Elton Gialdi por sua vez, vem com ideais muito bons. Quer mudar, fala em sinergia entre o poder público e a iniciativa privada. É o que desejamos, até para tentar diminuir o tamanho do poder público tão sedento de impostos e tão ineficiente. Quem sabe unindo a missão de resolver/abreviar as amarras da burocracia, que compete mesmo ao  poder público com a força motriz e inventividade  do capital a gente não consiga evoluir com mais rapidez?

Gialdi cita Rudolph Giugliani lá nos Estados Unidos e Sérgio Moro aqui no Brasil – mesmo que deles se possa discordar em posturas e arguir que tenham preferências, especialmente quanto a Moro – mostraram que é possível trilhar caminhos diferentes daqueles aos quais estávamos acostumados.

Mas também não dá pra acreditar em tudo aquilo que se escuta. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse que Brasil deve crescer três por cento este ano, depois de ter avançado 1% em 2017. Torço pra que ele tenha razão. Mas não vamos esquecer que Meirelles quer ser presidente e a vida é pintada em cores mais suaves por candidatos.