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Jovens arriscam a vida se refrescando nas águas perigosas das represas em Caxias do Sul

Foto: Mauro Teixeira / Grupo RSCOM
Foto: Mauro Teixeira / Grupo RSCOM

O calor forte de quase 30 graus nos últimos dias na Serra Gaúcha, está servindo de gatilho para uma prática perigosa entre os adolescentes que moram na periferias próximas das bacias de captação em Caxias.

Sem alternativa para se divertir, as represas servem como um atrativo perigoso para a garotada durante esse período com altas temperaturas. Durante a tarde desta terça-feira (09), a reportagem do Portal Leouve percorreu alguns dos pontos proibidos mais frequentados pelos jovens.

As represas mais acessadas são as que ficam próximas a grandes áreas urbanas, que como é o caso do Complexo Dalbó, no Jardim Botânico, no bairro Fátima. Mesmo sendo proibida, a pratica de pescaria é comum entre os visitantes da área. Algumas pessoas também aproveitam a deficiência da fiscalização para se banhar nas águas do reservatório.

O flagrante mais assustador ocorreu na represa da Maestra, Zona Norte de Caxias. No local, por volta das 17h, quatro jovens se arriscavam pulando de aproximadamente cinco metros da ponte que faz ligação entre a margem e a estrutura onde ficam a régua de medição e registro da represa

Em um dos vídeos feitos pela reportagem, aparecem dois dos jovens saltando nas águas com aproximadamente 20 metros de profundidade. Nas imagens um dos jovens chega rapidamente até a margem, enquanto o outro tem uma certa dificuldade para chegar e é ajudado pelo amigo que lhe alcança um galho para que ele possa sair das águas profundas.

Confira o flagrante da diversão perigosa:

De acordo com o diretor do Samae, Gilberto Meletti, a autarquia tem uma certa dificuldade para fazer o monitoramento das cinco bacias de captação existentes em Caxias. “Enquanto esses garotos estava nadando nas águas da Maestra, nossa equipe se encontrava fiscalizando a represa do Samuara, quando a equipe chegou na Maestra, eles já haviam ido embora”, conta.

Conforme Meletti, as represas do Faxinal e Marrecas são cercadas e as apresentam mais obstáculos de acesso, o que facilita a fiscalização. “Contamos com o apoio da Guarda Municipal para nos auxiliar nos cuidados, mas sabemos que não é o suficiente. Também contamos com apoio de pessoas que fazem denúncias em nossos canais para evitar esse tipo de prática nas represas”, observa.

As denúncias de uso indevido das represas podem ser feitas de forma anônima através dos telefones 153 da Guarda Municipal, 193 do Corpo de Bombeiros e 115 do próprio Samae.