Ao longo de 2020 muitas pessoas, por conta da pandemia do coronavírus, tiveram a oportunidade de parar um tempo e refletir sobre a vida e as suas escolhas. Ao menos comigo foi assim.
Creio que nesses meus 40 anos eu nunca havia me permitido fazer tais reflexões, momentos de silêncio e de solitude como os que eu realizei no ano em que se passou.
Entre inúmeras leituras, documentários e revistas, um tema me cativou: o minimalismo. Engana-se quem pensa que para colocar em prática esse modelo de vida é necessário morar numa casa branca, com paredes extremamente limpas e uma única cadeira no centro da sala.
O verdadeiro minimalismo vai muito além de simplesmente tirar objetos sem uso, parar de acumular o que é desnecessário ou ainda comprar coisas para preencher um vazio que nunca acaba.
Atualmente, já é tratado como um estilo de vida e pode ter certeza que os armários organizados serão a menor das mudanças que perceberá na sua jornada. Se livrar da necessidade de consumir de forma desenfreada, de manter uma imagem para a sociedade e de impressionar pessoas de quem você nem gosta, é extremamente libertador.
Tirando da sua vida o que não importa mais, como objetos, roupas em excesso e até casas enormes com muitos espaços sem uso, lhe permite abrir espaço para o que realmente tem significado. Muitos adeptos do minimalismo afirmam que, gastando menos, conseguem trabalhar de uma forma diferente, podendo assim investir mais tempo com suas famílias, hobbies, leituras.
Preciso fazer um único alerta para quem quiser começar a praticar o minimalismo: além de coisas você também eliminará pessoas que não cabem mais em sua caminhada. Mas tenha certeza, assim dará espaço para novas amizades e amores entrarem em sua vida. Pessoas, que como você, estarão muito mais preocupadas com o SER do que com o TER.