Caxias do Sul

Covid-19: caxiense sai da UTI após 50 dias e descobre que será avô pela primeira vez

‘Eu venci o Covid. Vou ser Vovô coruja. Benjamim, te aguardo!’

Covid-19: caxiense sai da UTI após 50 dias e descobre que será avô pela primeira vez

Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Virvi Ramos, diagnosticado com Covid-19, desde o final de outubro, Edson Joarez dos Santos, 54 anos, natural de Caxias do Sul, foi transferido nesta segunda-feira, dia 21 de dezembro, para o setor clínico.

Poucos dias antes de sair da UTI carregando um cartaz que dizia ‘Eu venci o Covid. Vou ser Vovô coruja. Benjamim, te aguardo!’, ele soube que realizaria um sonho em breve. Uma de suas filhas, Lilian Ávila dos Santos Knaak, 36 anos, que também reside em Caxias do Sul, contou através de uma vídeo chamada que o Pai seria Avô primeira vez: “Era o sonho dele ser avô. Ele sempre nos dizia. Então, quando descobri na última semana, fiz questão de contar, porque sabia que isso iria fortalecer ele ainda mais para superar esse momento.”

A recuperação de Edson, que já não está mais com Covid-19, é considerada um milagre pela família. Isso porque, um mês antes de contrair a Covid-19, ele finalmente havia recebido a notícia de que estava recuperado de um câncer, um melanoma, como explica Débora Ávila, uma das filhas de Edson, que reside no litoral gaúcho: “Ele recém havia se recuperado do melanoma e contraiu Covid. Foram dias muito difíceis. Ele precisou de hemodiálise, ficou muitos dias intubado. O estado dele era gravíssimo. É um verdadeiro milagre.”

Divorciado, Edson tem uma namorada, Eloíza Lemes, 54 anos, natural de Chapecó. Além de ser avô, Edson tem outro sonho, o de casar com a atual namorada. Eloíza compartilha da mesma opinião das filhas sobre a recuperação do namorado: “Além de profissional autônomo, o Edson é Pastor da igreja evangélica há mais de 30 anos. Então, enquanto ele esteve na UTI, fizemos uma corrente de orações com amigos e pastores de todo Brasil e até do exterior. E isso ajudou ele a se recuperar.”

Eloíza conta ainda como foi todo esse período de muita angústia: “Em outubro, no fim de semana do dia do professor, ele veio de carro sozinho até Chapecó, onde eu moro, para ficarmos juntos. Logo que chegou, ele se queixou de cansaço, mas imaginávamos que era reflexo da viagem longa. Ele foi piorando e compramos um remédio pra gripe.

No domingo, ele teimou que precisava voltar. Eu não queria que ele voltasse sem consultar um médico, mas ele foi. No que chegou em casa, ele foi direto pro hospital e não saiu mais. Gostaria de agradecer muito toda equipe do Hospital Virvi Ramos. Todos sempre foram muito atenciosos, nos explicavam tudo nos mínimos detalhes. Ele teve um atendimento especial que fez a diferença na recuperação dele. Hoje, agradeço que ele tenha voltado, porque se tivesse ficado em Chapecó, sem a mesma estrutura, talvez não estivesse mais conosco.”

Agora, Edson e os familiares vivem a expectativa da alta hospitalar, que poderá acontecer nos próximos dias.