Na manhã deste domingo(20), por volta das 10h os delegados responsáveis pela operação de resgate da menina Fabiola, de Palhoça SC, realizaram uma coletiva de imprensa, para explicar como foi o resgate.
As primeiras informações mais concretas sobre o paradeiro da criança foram recebidas pela Polícia Civil durante a madrugada deste domingo (20), conforme as forças de segurança responsáveis pelo caso.
Na sequência, agentes da Dpcami de Palhoça e policiais civis de Florianópolis se deslocaram até o local informado.
Em um primeiro momento, chamou a atenção dos policiais a presença de um veículo com as mesmas características do carro que teria sido utilizado no rapto de Fabíola.
As primeiras informações repassadas por vizinhos da criança davam conta de que o casal suspeito havia se aproximado da casa dela em um Gol, de cor branca.
Os agentes, então, entraram na casa de dois pavimentos localizada no Norte da Ilha e encontraram a criança e os autores do crime.
Conforme o delegado Fábio Pereira, da Dpcami de Palhoça, o homem foi encontrado no piso térreo da casa. Ele tentou resistir à ação policial com violência e teve que ser imobilizado.
“Ele foi indagado se havia mais alguém na casa e, primeiro, disse que estava sozinho. Depois, insistiram e ele disse que estava com a esposa. Em um terceiro momento, ele disse que havia ‘uma menina que eles estavam cuidando’”, informou o delegado.
A equipe, então, se deslocou ao piso superior da casa e localizou a criança em um cômodo, no colo da mulher. “Ela não soltava a criança de maneira alguma. Foi dado comando para que ela largasse a criança e ela não atendia”, disse Pereira.
Apesar da resistência inicial, os agentes conseguiram tomar a menina e conter os autores. O casal foi preso em flagrante e autuado por sequestro qualificado, tendo em vista que a vítima é menor de 18 anos. Eles foram encaminhados à Dpcami de Palhoça, onde prestaram depoimento.
De acordo com a polícia, Fabíola estava assustada e “percebia-se que ela não queria permanecer com o casal”. Após o resgate, ela teria demonstrado momentos de alegria junto aos policiais.
“Ela se emocionou um pouco, mas depois foi dando risada. Inclusive, disse que éramos os super-heróis dela”, disse o delegado João Fleury, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Capital.
“Brinquedos macabros”
Durante a coletiva, o delegado Fleury relatou que o estado da casa onde a menina foi mantida em cativeiro chamou a atenção dos policiais. A situação, segundo ele, era de “bagunça generalizada, sem condições nenhuma de estadia de qualquer ser humano”.
No local havia fezes de animais misturadas com roupas de criança, além de “brinquedos macabros e bonecas pintadas como se fosse filme de terror”.
Inquérito ainda será concluído
A Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito do caso. Informações sobre a motivação do sequestro e detalhes sobre os autores não foram divulgados. Conforme a delegada Eliane Chaves, diretora de polícia da Grande Florianópolis, a prioridade inicial era localizar a criança.
Contudo, a polícia antecipou que o casal é natural do estado do Rio Grande do Sul, mas mora há anos em Florianópolis. As idades dos autores não foram divulgadas, mas a polícia repassou que o casal é jovem e já teria se aproximado da residência da vítima em meados de dezembro.
Fonte: Nada Mais