Uma reunião entre secretária de Cultura de Caxias do Sul, Cristina Calcagnotto, o presidente do Instituto Quindim, Volnei Canônica, e a coordenadora do atelier do centro cultural, Priscila Weber, na tarde desta terça-feira (5), debateu as possibilidades de estabelecimento de uma parceria visando à manutenção das atividades culturais e educativas da instituição.
A movimentação ocorre após o Instituto Quindim ter anunciado, na segunda (4), o encerramento das suas atividades depois da solicitação de devolução do imóvel que ocupa, no prédio da antiga empresa Eberle, no Centro.
“Após a sinalização de interesse pelas duas partes, vamos verificar locais possíveis e o instrumento jurídico adequado para a formalização da parceria”, explica Cristina, que enfatizou a importância da atuação complementar entre setores públicos e privados para o fortalecimento das políticas culturais voltadas à cultura.
Segundo a secretária, o prefeito Adiló Didomenico orientou a pasta a encontrar uma solução jurídica que viabilize o acordo, considerando que o Instituto de Leitura Quindim foi declarado de utilidade pública pela Prefeitura em 2020. A possibilidade de parceria passará, dessa forma, pela análise e aval da Procuradoria-Geral do Município, que deverá sugerir o instrumento jurídico adequado para viabilizar a cooperação.
De acordo com Canônica, a decisão pelo encerramento deveu-se às dificuldades financeiras da instituição, agravada falou sobre o empecilho do custo da mudança inesperada:
“O instituto é uma entidade sem fins lucrativos, que sobrevive de projetos, de assessorias que presta, tanto em Caxias quanto no Brasil. O custo dessa mudança (de local) não estava previsto no nosso orçamento, o que vai gerar um déficit’, aponta.
Entretanto, é intenção da entidade dar prosseguimento às atividades caso consiga um espaço para nova sede sem custo de aluguel:
“Claro que a gente gostaria de ter uma nova sede para dar continuidade a todos os projetos, Só que o Instituto Quindim é uma galeria de arte, uma biblioteca de referência, um centro de estudos e pesquisa, uma atelier de artes. Então, para que esse centro cultural possa voltar na potência que ele é, a gente precisa de um espaço grande. Por isso precisaríamos conseguir um espaço por cedência, seja ou da iniciativa privada ou numa parceria com o poder público”, pondera.