A eleição para presidente dos Estados Unidos termina nesta terça-feira (5). Com o fim do pleito, o país poderá conhecer o novo governante pelos próximos quatro anos: Kamala Harris, do Partido Democrata, ou Donald Trump, do Partido Republicano.
Atual vice-presidente, Kamala representa a continuidade da atual administração de Joe Biden, enquanto Trump é a oposição e busca voltar à Casa Branca após governar o país entre 2016 e 2020.
Ao contrário do Brasil, onde as urnas fecham simultaneamente às 17h no horário de Brasília, o horário de encerramento da votação varia de estado para estado, bem como o de contagem das cédulas. Com isso, não há uma projeção exata de quando o vencedor poderá ser conhecido, podendo variar de acordo com o andamento da disputa.
Entre as peculiaridades do sistema eleitoral norte-americano está a permissão, em alguns estados, do voto antecipado, como forma de evitar longas filas e tumulto no dia das eleições.
Pelo processo antecipado, o eleitor pode mandar seu voto pelos correios, até mesmo do exterior, ou depositá-lo em locais predeterminados. Mais de 80 milhões de eleitores votaram dessa forma.
Como funciona
A disputa presidencial americana não se baseia apenas no voto popular, mas no sistema conhecido como Colégio Eleitoral. Nesse sistema, o candidato vencedor em cada estado recebe os votos aos quais cada estado tem direito dentro do Colégio Eleitoral, ou seja, o vencedor leva todos os votos dos delegados do estado. A quantidade de delegados é definida com base no tamanho da população estadual. A exceção é no Nebraska e no Maine, onde os candidatos levam os votos proporcionalmente de acordo com os distritos eleitorais em que vencerem.
O colégio eleitoral é formado por 538 delegados. Para vencer, é preciso conquistar 270 votos. Dessa forma, o vencedor não necessariamente é o ganhador no voto popular. Isso, inclusive, já ocorreu em alguns pleitos, como o de 2016, quando o republicano Trump foi eleito tendo quase 3 milhões de votos a menos que a democrata Hillary Clinton.