A reportagem do Grupo RSCOM recebeu denúncias de moradores da Rua Maria Eurema Santos da Silva, no bairro Castelo, em Caxias do Sul, sobre uma obra inacabada, realizada pela Prefeitura.
Início do problema
Os problemas começaram após as enchentes de maio, que devastaram o Rio Grande do Sul. A rua apresenta dificuldades estruturais devido ao deslizamento de paralelepípedos e ao surgimento de buracos. O solo desgastou sobre uma galeria de pedra, destinada ao escoamento da rede de esgoto e alimentada por um córrego que atravessa o bairro.
Com as chuvas contínuas nos meses seguintes, a terra cedeu, resultando na queda dos paralelepípedos nos buracos, o que ocasionou um aumento considerável do problema. A situação se arrasta há quase seis meses, comprometendo tanto a segurança quanto a circulação na via.
Em busca de soluções, os moradores abriram protocolos na Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos e mantiveram contato com a administração municipal. Há cerca de um mês, equipes da Prefeitura trabalharam no local, com máquinas, colocaram concreto e isolaram a área para prevenir acidentes. Com essa intervenção, os buracos ficaram mais visíveis, alertando pedestres e motoristas sobre o risco de quedas.
Apesar das ações temporárias, a situação na rua continua preocupante. A comunidade ainda aguarda soluções permanentes para restabelecer a segurança e a acessibilidade da rua.
Transtorno também no acesso a residência
Jeferson Toledo Vechi, 41, que reside no local há 36 anos, diz que a Secretaria de Obras afirmou não ter verba disponível para concluir os trabalhos e que, consequentemente, a área permaneceria isolada, sem previsão para a finalização das intervenções necessárias.
“O problema é que essa situação afeta diretamente a casa onde moro com meus pais. Minha mãe, de 75 anos, é diabética e enfrenta problemas de mobilidade. Nos últimos meses, tivemos que chamar ambulância duas ou três vezes, mas elas não conseguem chegar até nós devido ao bloqueio na rua. Para levar minha mãe a consultas médicas, temos que estacionar longe e carregá-la devido ao acesso obstruído”, relata.
De acordo com o morador, há um mês o acesso foi bloqueado, sendo deixando apenas um espaço de cerca de dois metros para a passagem, e de ambos lados existem buracos, representando risco para crianças e idosos. “A situação é preocupante e necessita de atenção urgente”, salienta Jeferson.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Obras e aguarda uma manifestação oficial sobre o prazo para a conclusão dos trabalhos.