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Com soluções e tecnologias, Conexão 8 reúne cerca de 300 pessoas em Bento Gonçalves

Evento debateu sobre os desastres climáticos no Rio Grande do Sul, com o objetivo de apresentar ideias e tecnologias para tornar as cidades mais resilientes

Foto: Cláudia Debona / Grupo RSCOM
Foto: Cláudia Debona / Grupo RSCOM

O Conexão 8, realizado em Bento Gonçalves entre 25 e 27 de setembro, reuniu cerca de 300 pessoas durante os três dias de conferência, incluindo autoridades, palestrantes e membros da equipe organizadora. O evento debateu sobre os desastres climáticos no Rio Grande do Sul, com o objetivo de apresentar soluções e tecnologias para tornar as cidades mais resilientes.

De acordo com a engenheira ambiental, Taísa Trevisan, os principais resultados do evento foram a conscientização sobre a urgência das questões climáticas. Além do fortalecimento da colaboração entre diferentes setores, como autoridades públicas, instituições educacionais e de pesquisa, iniciativa privada e sociedade civil.

“A diversidade de especialistas trouxe novos insights e soluções inovadoras, refletindo a complexidade dos desafios enfrentados para a regeneração do território”, afirma Taísa.

Conforme a engenharia, os desafios relacionados à gestão de crises climáticas são complexos, pois esses eventos estão se tornando cada vez mais extremos.

“A necessidade de financiamento para implementar as propostas, a resistência política e burocrática a mudanças, a falta de dados atualizados que sustentem as novas políticas e os entrelaçamentos da sociedade civil”, cita.

No Conexão 8, alguns cases de sucesso em gestão de crises climáticas de outras regiões foram destacados, podendo adaptá-los à realidade da Serra Gaúcha.

“É necessário se readaptar constantemente, uma vez que o que vivemos e viveremos é algo sem precedentes. Durante o evento, foi mencionado o exemplo das ‘cidades esponjas’, que combinam infraestruturas de contenção e prevenção contra alagamentos, não apenas nas áreas sujeitas a enchentes, mas também na Serra Gaúcha. Essas medidas visam auxiliar na absorção da água, reduzindo sua velocidade e volume antes que ela chegue às regiões mais baixas. Além de ter sido levantado a forma de realizar as contenções e cicatrização de pequenas áreas de deslizamento”, explica a engenheira ambiental.

Ela ressalta sobre quais os próximos passos para manter o engajamento das autoridades, empresas e da sociedade civil na implementação de estratégias preventivas contra tragédias climáticas.

“A realização de eventos periódicos para discutir o progresso, criação de um comitê permanente que monitore e avalie as ações e promoção de campanhas de comunicação que mantenham o tema em evidência”, completa.

Entre as soluções práticas discutidas, são destaques:

  • Gestão Integrada de Riscos e implementação de sistemas de alerta precoce para desastres;
  • Criação de instâncias de Governança Municipal e Regional;
  • Campanhas de educação e sensibilização sobre práticas sustentáveis;
  • Parcerias entre governos locais e a comunidade para a criação de infraestrutura mais resiliente.