O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) instaurou inquérito para apurar dano moral coletivo em decorrência da conduta de motoristas que desrespeitaram as limitações de capacidade da ponte de ferro provisória entre Lajeado e Arroio do Meio.
Entre quinta-feira (26) e sexta-feira (27), populares registraram em vídeo caminhões arrastrando as estruturas que delimitam o tamanho dos veículos que podem passar pela ponte. A prefeitura de Lajeado precisou interditar a passagem de veículos na sexta-feira para recolocação das chamadas goleiras nas duas extremidades.
“Essa ponte representa a esperança de reconstrução do Vale do Taquari, ela tem todo esse símbolo, então, o desrespeito ao limite de capacidade, colocando em risco a própria ponte, gera angústia, uma ansiedade coletiva”, destaca o promotor de Justiça João Pedro Togni, responsável pelo inquérito, juntamente com o promotor Carlos Augusto Fiorioli.
Os promotores apontam, ainda, que essa ponte sempre teve limitação de capacidade de trânsito de veículos entre Arroio do Meio e Lajeado.
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“Basicamente caminhões não podem passar no local – o que tem acontecido de forma muito frequente –, sob o risco da ponte cair. Os vídeos são bem preocupantes”, diz Togni.
No expediente, serão identificados os condutores e proprietários dos veículos e oficiados os municípios para conhecimento da situação e tomada de providências. Após a identificação, os proprietários dos veículos e motoristas responsáveis pelas irregularidades serão ouvidos na Promotoria de Justiça de Lajeado. A intenção, segundo os promotores, é coletar elementos para ajuizamento de ação ou oferecimento de acordo de não persecução cível no valor mínimo de R$ 50 mil reais.
A ponte de ferro sobre o Rio Forqueta, que liga a parte baixa e a parte alta do Vale do Taquari, foi construída em tempo recorde, já que a original, inaugurada em 1939 e que era um ponto turístico da região, foi levada pela força das águas na enchente de maio deste ano.
