Política

Número de eleitores com deficiência quase dobra em quatro anos

TSE promove ações para garantir presença desses eleitores no dia da votação

Ação Rio Consciente dá a oportunidade de pessoas participarem de um circuito que reproduz situações vividas no dia a dia dos portadores de deficiências, e é promovida pela entidade RioSolidário(Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Ação Rio Consciente dá a oportunidade de pessoas participarem de um circuito que reproduz situações vividas no dia a dia dos portadores de deficiências, e é promovida pela entidade RioSolidário(Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Em quatro anos o número de eleitores com deficiência quase que dobrou passando de 598.314 pessoas, em 2016, para 1.158.405 neste ano. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a Corte, cerca de 45,6 mil seções eleitorais estarão adaptadas para receber esses eleitores em 15 e 29 de novembro, datas do primeiro e segundo turno do pleito.

Norma do TSE do ano passado estabelece que os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) coloquem nas seções profissionais para auxílio de apoio logístico, que têm a função de “verificar se as condições de acessibilidade do local de votação para o dia da eleição estão aprovadas, adotando as medidas possíveis”. Em Minas Gerais e São Paulo, os eleitores já contam com a prestação desse serviço desde 2018. O TRE da Bahia vai implementar a medida que começará no próximo dia 15 de novembro.

A partir deste ano, pessoas com deficiência visual poderão ouvir o nome dos candidatos nas urnas eletrônicas. Os eleitores desse grupo vão receber um fone de ouvido no dia do pleito para auxiliá-los no momento da votação. Essa medida se soma ao teclado em braile que os equipamentos já possuem.

Para o Deni Carlos Alves de Freitas, presidente da Associação de Deficientes Visuais do Estado de Goiás (Adeveg) acredita que a medida vai adequar ainda mais segurança aos votantes. “Isso nos proporciona uma maior autonomia e segurança de que estamos realmente votando no candidato que desejamos”, diz.

O cientista político André Rosa afirma que ações que garantam a possibilidade do voto de eleitores com deficiência são cruciais para que, além de poderem exercer a cidadania, essas pessoas tenham mais voz nas decisões políticas. “Sem dúvida alguma, garantir que pessoas com deficiência tenham acesso à votação ocasiona em uma menor abstenção nas eleições e maior participação na política”, explica.

O TSE afirma que pessoas com deficiência, além de terem preferência na hora de votar, podem se dirigir às urnas acompanhadas de alguém de sua confiança. Além disso, esses eleitores podem solicitar a transferência para uma seção eleitoral mais acessível, no entanto, o prazo para o pedido nas eleições deste ano terminou em 1º de outubro.

Fonte: Brasil 61