Lula, Sartori e sinal digital

Janeiro vai acabar e Lula está condenado, mas ainda não está preso. E olhe só, o STF pode mudar a regra não permitindo que um condenado comece a cumprir a pena antes da última instância. Que consequências teremos se isto mudar? Afinal, tem bandido cumprindo pena e no caso de a regra mudar, o pessoal vai pra rua.

Janeiro termina e o ministro Gilmar Mendes do STF finalmente obteve o reconhecimento que desejava só que saiu pela culatra. Foi hostilizado por passageiros em voo regular. A tendência é que estas hostilidades se acentuem. Logo, logo se cria uma normativa e os ministros terão jatinho para voos internos porque resta provado que não é bom cutucar os poderosos. Sempre o lado mais fraco acaba pagando a conta.

Fevereiro vem aí e o PT não tem plano B. Outros partidos já tem seus pré-candidatos definidos. E são muitos e inúmeros. Até Collor prometeu disputar o cargo. Quem herdará os votos de Lula, que são muitos? Marina? Ciro?  Hadad?

E nesta reta final do primeiro mês do ano, o governador José Ivo Sartori ainda tem agenda de 2017 a cumprir. Ele não, a classe política do estado. São os últimos seus esforços na tentativa de aprovar um pacotão na Assembleia Legislativa. Parece certo que haverá aval dos senhores deputados e o estado vai aderir à recuperação fiscal proposta pela União, com três anos de carência para pagamento da dívida, prorrogável por outros três. Sabe-se que o custo é elevado e há desdobramentos atrás disto: medidas adicionais precisam e tomadas, lição de casa a ser feita, afinal, senão quando a cobrança voltar estaremos estacionados no mesmo lugar? Não mesmo, né?