Comportamento

Apesar da restrição do fluxo de ônibus e caminhões em algumas ruas de Bento, medida é ignorada

Conforme moradores, não há fiscalização da prefeitura nesses locais

Foto: Gabriel Pfeifer / GrupoRSCOM
Foto: Gabriel Pfeifer / GrupoRSCOM

Algumas ruas de Bento Gonçalves foram sinalizadas pela prefeitura municipal, como sendo proibidas para o fluxo de veículos maiores, como ônibus e caminhões, em partes delas.

Pelo fato de apresentarem subidas muito íngremes e irregulares, ruas como a Francisco Tomasi, no Bairro Santa Marta e a Eliseu Grasseli, no Borgo, são algumas das que não comportam o fluxo de veículos maiores nos trechos mais acentuados.

A estrutura das ruas, aliada as péssimas condições de trafego, pois ambas são esburacadas e não são pavimentadas em sua totalidade, agravam os riscos de acidentes a partir da circulação de ônibus e caminhões.

Apesar de a obrigatoriedade de veículos que sobem a Francisco Tomasi fazerem a conversão a direita, pessoas que residem nestes locais, afirmam que é comum ver motoristas desrespeitando a medida e afirmam também que não há fiscalização:

“A gente sempre vê ônibus e caminhões subindo a rua, o que é proibido. Mas ao mesmo tempo,  nunca vi ninguém da prefeitura multando esses motoristas aqui no local. Só multam no  centro da cidade. Não adianta proibir, se não há fiscalização”, reclamou Dore Lisboa, 56 anos de idade e há 40 anos moradora do Bairro Santa Marta.

Situação semelhante acontece na Rua Eliseu Grasseli, no Bairro Borgo:

Foto: Gabriel Pfeifer / GrupoRSCOM

“Caminhão não é pra passar aqui,  mas passam diariamente. Já foi tirado foto da situação, mandado para a prefeitura, mas não tomam nenhuma providência. Dia de chuva é impossível até para carros menores subir a rua”, afirmou a moradora Elizabeth Martins, de 52 anos de idade.

O que alega o município?

O Secretário Interino de Mobilidade Urbana de Bento Gonçalves e diretor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano do Município (IPURB), Vanderlei Mesquita, falou sobre a situação:

“Acredito que não se consiga passar veículos longos nessas duas ruas, pois o declive é realmente muito acentuado e sendo assim esses trechos mais perigosos das ruas foram restritos para o fluxo desses veículos. Mas a partir dos relatos dos moradores, será solicitado que o pessoal da fiscalização se desloque até essas duas ruas, em horários variados, para fazer uma verificação mais efetiva. Essa reclamação ainda não havia chego a Secretaria”, afirmou.