A cachorrinha Mel, que ficou famosa após frustar várias vezes o envio de drogas e celulares aos detentos da Penitenciária Estadual do Apanhador, teve que ser retirada do presídio na última semana após os agentes da Susepe terem recebido informações de que os presos estariam planejando matá-la nos próximos dias.
Assim que que as informações chegaram até os agentes, rapidamente o comando da BM em conjunto com a direção do presídio e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), tomaram a decisão de encaminhar a cachorrinha para a adoção antes que algo acontecesse com ela.
O soldado Jeverton Jardim Fernandes, 36 anos, e que há 14 anos está na Brigada Militar e há cinco atua monitorando a parte externa no presídio Estadual do Apanhador, conhece bem a história da cachorrinha, e logo se prontificou em adotar a Mel e leva-la para casa.
“Eu conheço ela desde que chegou no presídio há cerca de três anos. Logo ela demonstrou ser corajosa e sem medo. Pena que a maldade do ser humano em relação aos animais, nos obrigue a afastar ela de onde já estava acostumada, mas agora o bom é que ela ganhou um lar e está comigo”, comemora.
Na última semana, a Mel esteve na sede do 12º Batalhão de Polícia Militar, em Caxias, a pedido do tenente-coronel Jorge Emerson Ribas, comandante do 12, que queria conhecê-la antes de ir para o novo lar. Além do comandante Ribas, a Mel também foi recepcionada pelo Conan, cão da raça pastor alemão, que faz parte do canil da Brigada Militar.
Relembre a história da Mel:
Na madrugada gelada do último dia 02 de julho, Mel ouviu um barulho estranho e foi até a pista da penitenciária. A cachorrinha fez um alarde com uma sacola na boca e encontrou 1,2 kg de maconha, mais de 150 gramas de cocaína e objetos para telefones celulares.
No dia 06 de julho, mais uma vez a ação da Mel, evitou uma nova entrada de drogas e celulares na penitenciária, quando os policiais faziam a ronda para averiguar uma movimentação na parte externa do presídio, ao observar o comportamento da cachorrinha, os brigadianos viram que ela estava com uma sacola na boca e dentro havia três celulares e três carregadores que ela entregou ao seu futuro tutor, soldado Jardim, que fazia o monitoramento na parte externa do presídio naquele dia .
Acompanhe reportagem especial sobre a Mel: