Os musicais estão em extinção, mas ainda sobrevivem em Hollywood. Antes, o gênero mais popular da chamada era de ouro (1920 – 1960), os musicais eram, comparativamente, como os filmes de super-heróis que temos hoje. Filmes ricos e elaborados, que por sua vez arrastavam verdadeiras multidões aos cinemas. Hoje, o gênero se encontra reduzido a um ou dois lançamentos anuais. Por outro lado, é muito bom perceber que a indústria não os deixa morrer totalmente, investindo nessas produções e as adaptando, modernizando para a nova geração.
Podemos apontar um anacronismo comparativo entre O Rei do Show e outro musical sensação recente, La La Land: Cantando Estações – lançado no início do ano nos cinemas brasileiros (e no fim do ano passado no resto do mundo). Enquanto La La Land é moderno, passado nos dia de hoje e se propõe a discutir problemas cotidianos atuais, sua forma, estrutura e homenagem são voltadas aos musicais clássicos, justamente da era de ouro. Já O Rei do Show, conta a história de P.T. Barnum, lendário empreendedor do ramo de entretenimento, que fundou o circo como conhecemos hoje, e se passa no século XIX. Sua forma, no entanto, é mais dinâmica e arrojada, suas músicas pop e sua edição é de vídeo clipe.
Sinopse: P. T. Barnum, um showman que tem uma tendência natural de enganar seu público, decide montar um circo na esperança de ficar famoso. Durante sua saga há ainda uma importante questão pendente em sua vida, uma paixão cega pela cantora Jenny Lind.