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'Já perdemos muitos CNPJs' diz presidente da CICS Serra sobre bandeira vermelha

Foto: Divulgação
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O presidente da Associação das Entidades Representativas da Serra Gaúcha, a CICS Serra, Marcelo Maschio Piazza, concedeu uma entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan Serra, nesta quarta-feira (17), onde comentou sobre a manutenção da bandeira vermelha na região pelo programa de Distanciamento Controlado do Governo Estadual. Piazza disse que a tanto a troca quanto a manutenção da bandeira pegou a entidade de surpresa.

O presidente salientou que o setor empresarial da Serra vinha se adaptando bem a todos os protocolos de saúde que foram estabelecidos. Para ele, a mudança de critério por parte do governo foi ruim para o setor.

“Nós estávamos tendo uma retomada tímida, tanto na indústria quanto no comércio. Só que muitos CPNJs já fecharam. Os pequenos comércios e empresários que trabalham pelo giro do mês, que é onde tem o maior número de empregos foi muito ruim. Para retornar os empregos irá demorar muito, já que algumas empresas se adaptam a trabalhar com o número reduzido de funcionários”, disse.

Ele também comentou que a decisão do governo foi unilateral, sem ouvir os prefeitos de cada município que buscaram investir na saúde. Ele alega que todos os gestores da Serra tem buscado fazer a compra e habilitação de leitos de UTI, um dos principais pontos da troca de bandeira.

Piazza vê o momento como uma inversão de valores. Sendo a saúde uma responsabilidade do estado, para ele, é contraditório colocar essa questão em cima dos municípios. Para ele, a sistemática adotada no novo cálculo do governo é errada.

Ele questiona o que que o governo do estado está fazendo.

“O governador não veio até nossa região. Vamos convidar ele pra vir visitar os hospitais e ver a nossa realidade. Somos um dos poucos estados em que o governo não investiu nada em proteção”.

Com relação a uma volta da região a bandeira laranja ainda nesta semana, ele diz que acha possível, já que a região tem investido em novos leitos, porém, tudo depende de como as internações vão ocorrer. Conforme o presidente, os gestores devem se reunir durante toda a semana para apresentar os melhores dados.

Ouça a entrevista completa: