Custo de Vida

Parte do comércio de Bento abre às portas e aguarda volta à bandeira laranja

Segundo informações do Sindilojas, pelo menos 150 estabelecimentos devem manter o funcionamento

Foto: Gabriel Pfeifer / GrupoRSCOM
Foto: Gabriel Pfeifer / GrupoRSCOM

Mesmo com a mudança da região da Serra Gaúcha para a cor vermelha nas regras de distanciamento controlado, que passa a valer a partir desta segunda-feira (15) e que de acordo com Decreto Estadual, deve haver um novo fechamento de comércios e atividades ligadas à prestação de serviços, bem como a restrição de atividades ligadas a indústrias, vários estabelecimentos comerciais de Bento Gonçalves optaram por abrir as portas, como forma de seguir gerando caixa e arcar com os custos para manter os negócios.

Segundo informações do Sindilojas Regional de Bento Gonçalves, a estimativa é de que pelo menos 150 estabelecimentos do município optem por manter as atividades e aguardar uma possível reversão da bandeira vermelha para a bandeira laranja, a partir das tratativas por parte do poder público municipal e entidades da região.

Segundo o presidente da entidade, Daniel Amadio, o Sindilojas seguirá batalhando para a reversão deste quadro junto ao Governo do Estado:

“A partir da mudança para a bandeira vermelha, a perspectiva é a que vivemos no começo da pandemia, com o fechamento de alguns estabelecimentos comerciais. Isso nos preocupa muito, pois mesmo esses estabelecimentos apresentando todo o cuidado no controle da capacidade, medidas de higiene e uso de EPIs, dentre todos os cuidados, tenham que atender a portas fechadas. A entidade busca junto ao Governo do estado apresentar os dados do município e tentar uma reversão deste quadro, pois para nós houve um equívoco no critério de avaliação das bandeiras. Quem está pagando a conta é o comércio”, declara.

Ricardo Possa, 28 anos, comerciante em um estabelecimento do centro de Bento Gonçalves, falou sobre as dificuldades e impactos decorrentes das indefinições que permeiam o setor:

“Esta situação interfere bastante no nosso dia a dia, de quem trabalha no comércio. Dependemos das vendas, do giro do comércio para termos a nossa renda mensal. Entendemos a gravidade da situação de pandemia, mas nós estamos atuando com as devidas restrições, metade da capacidade de público. É bastante triste para a gente essas indefinições quanto ao nosso trabalho”, lamentou.