Carlos Barbosa

Cics Serra propõe repúdio à oposição na AL por "barrar projetos de segurança"

Cics Serra propõe repúdio à oposição na AL por "barrar projetos de segurança"

A Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (Cics Serra), organização que representa 14 entidades empresariais da região, encaminhou à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul uma moção de repúdio em que demonstra indignação com a postura das bancadas de oposição, que, segundo a nota, “negaram o acordo” para a publicação de um conjunto de projetos da segurança pública.

O repúdio se refere à negativa da oposição em antecipar a votação do pacote do governo Sartori para a Segurança Pública. A ideia do governo era aprovar a publicação no Diário Oficial da Assembleia dos 19 projetos de lei elaborados pela secretaria e votar as propostas ainda este ano. No entanto, as bancadas do PT, PSol, PCdoB e Rede não deram acordo na reunião de líderes da quarta-feira da semana anterior.

Edson Morello preside a Cics Serra (Fotos: arquivo)

O fato provocou a reação das entidades empresariais serranas. “Entendemos nós, representantes da classe trabalhadora, que gera emprego e renda, paga seus impostos e mantém a economia deste estado, que a medida em nada contribuiu para com os cidadãos de bem”, diz a nota assinada pelo presidente da Cics Serra, Edson Morello.

A entidade segue criticando a postura que, segundo a nota, “serve tão somente para o fortalecimento da criminalidade, das quadrilhas e do crime organizado”.

A postura da Cics recebeu o apoio de outras entidades, como o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), que apoiou publicamente o texto encaminhado ao Legislativo gaúcho.

Piccoli preside o CIC de Bento Gonçalves

É inadmissível uma proposta dessa relevância ser vetada por interesses e divergências menores, sendo que a prioridade dos representantes legitimamente eleitos pelo voto, é a de promover e viabilizar a concretização de medidas favoráveis à população”, afirma Laudir Miguel Piccoli, presidente do CIC bento-gonçalvense.

Entre as propostas, o projeto de lei 268 cria o fundo comunitário Pró-Segurança. De acordo com deputados da base, a demora impede doações que podem chegar a R$ 10 milhões provenientes de um grupo de empresários. Os recursos eram esperados para a compra de viaturas e armamentos para a Brigada Militar, por exemplo.

Para a oposição, a falta de acordo é uma resposta à falta de debate em torno do pacote da Segurança. A tendência é que o governo peça votação extraordinária na semana após o Natal a fim de vencer a pauta de projetos polêmicos.

Leia a nota na íntegra 

A CICS SERRA, entidade que representa 14 Entidades Empresariais da Serra, CIC Antônio Prado, CIC Bento Gonçalves, ACI Carlos Barbosa, CIC Casca, CIC Caxias do Sul, CICS Farroupilha, Centro Empresarial Flores da Cunha, CIC Garibaldi, CIC Guaporé, ACISA Ipê, CIC Nova Prata, CIC Paraí, ACI Serafina Corrêa e ACI Veranópolis,  e muito trabalha e apoia iniciativas que tragam progresso e melhores condições para nosso Estado e País, vem através desse manifestar a sua indignação ao tomar conhecimento pela imprensa de que as Bancadas do PT, PSOL e PCdoB negaram o acordo para a publicação de um conjunto de projetos da segurança pública, o qual nos motivou a tomamos a liberdade de encaminhar um nota de REPÚDIO à está postura.

Entendemos nós, representantes da classe trabalhadora, que gera emprego e renda, paga seus impostos e mantém a economia deste estado, que a medida em nada contribuiu para com os cidadãos de bem.

Ao contrário, serve tão somente para o fortalecimento da criminalidade, das quadrilhas e do crime organizado, pois ao impedir que os parlamento aprecie em plenário as propostas, nos impede inclusive de sabermos a posição dos Deputados e das respectivas bancadas no quesito segurança pública.

Tais medidas como:

Não permitir que as empresas que queiram doar para a segurança pública obtenham isenção;

Não permitir que possamos aproveitar os soldados do exército como PMs temporários;

Não permitir que a legislação exija mais segurança dos bancos;

Não Permitir que os servidores aposentados da Polícia Civil, SUSEPE e do IGP retornem para os serviços administrativos liberando os novatos para as ruas;

Não permitir que o policial que queira comprar a sua arma com recursos do próprio bolso o faça com isenção de ICMS;

São alguns dos exemplos que esta postura oposicionista do quanto pior, melhor nos deixará de legado.

Cabe ressaltar que pagamos os salários dos Deputados para trabalharem para o bem comum e não só para atitudes políticas partidárias.

Ressaltamos também que a maioria das propostas ali apresentadas são fruto de um importante trabalho realizado pela Comissão Especial da Segurança Pública, presidida pelo Deputado Santini, com relatório do Deputado Vilmar Zanchin e com os de demais deputados que integraram a comissão, e ao longo de meses propôs alterações na Legislação que pudessem beneficiar a sociedade gaúcha.

Por tanto, gostaríamos de mais uma vez reiterar que não aprovamos a decisão das respectivas bancadas, e que esperamos sejam responsáveis o suficiente para mudar esta postura ou caso contrário que assumam definitivamente a posição de proteção do crime e da insegurança pública que assola o nosso estado.

Atenciosamente,

Edson Vinicius Morello
Presidente CICS SERRA