A desigualdade de gênero é a causa de diversos problemas sociais. E desde o início da gestão, o presidente da Famurs, Dudu Freire, e a primeira-dama municipalista, Dani Meller, levantaram a bandeira da representatividade feminina na política, valorizando e estimulando a participação das mulheres nesse meio.
Durante os últimos meses, um grande movimento foi idealizado para fazer a voz da mulher ser ouvida pela sociedade. E como resultado, a Famurs criou a campanha “Uma Voz por Todas. Por mais mulheres na Política”, que será lançada no Instagram @umavozportodas, nesta quarta-feira (3).
Por meio da campanha, a Famurs quer fazer valer a lei que assegura, pelo menos, 30% das candidaturas para gênero. Afinal de contas, quando as mulheres ocupam seu espaço na política, representam as necessidades de toda a sociedade. “Esta campanha vem para fortalecer a representatividade efetiva das mulheres na política. Nosso objetivo é conscientizar a sociedade sobre o papel das mulheres e, consequentemente, lutar contra às candidaturas de laranjas nas próximas eleições. Nós queremos destacar o que elas têm de mais forte: suas vozes”, evidencia Dani Meller.
Lançamento
O lançamento oficial da campanha será realizado nesta quarta-feira (3) pelo Instagram @umavozportodas. Às 15h, será realizado o divulgado o vídeo-manifesto “Uma Voz Por Todas. Por mais mulheres na política”, com a participação da rapper Negra Jaque.
À noite, a partir das 20h, será realizada uma live, também no Instagram, com a participação da Dani Meller, que esteve à frente da concepção da campanha; e da rapper Negra Jaque, que na ocasião fará um pocket show.
Desigualdade de gênero
De acordo com dados do Instituto Alziras, as mulheres representam 51% da população, mas governam apenas 12% das prefeituras no Brasil. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) também apontou, em 2018, que dos 5.568 municípios brasileiros, apenas 10 são governados por mulheres negras.
A desigualdade de gênero também chega no Congresso Nacional, onde as mulheres representam apenas 10,7% dos políticos, somando Câmara e Senado. A representação feminina nas Assembleias também é pequena, apenas 15%.
Pesquisas do Instituto Alzira e do DataSenado, realizadas em 2019, revelam que 53% das candidatas já sofreram assédio ou violência política pelo fato de ser mulher. A desigualdade também reflete na falta de recursos para realizarem suas campanhas: 48% das mulheres ouvidas disseram não ter recursos suficientes.
No entanto, quando mulheres incentivam outras mulheres na política o cenário muda: 55% das prefeitas têm seu secretariado composto por mais de 40% de mulheres. No Rio Grande do Sul, as mulheres são titulares de 17% dos cargos eletivos.