Uma rede de contribuição tem ajudado na construção de casinhas para cachorros acolhidos em abrigos de alguns municípios do Vale do Taquari. O projeto foi iniciativa da psicóloga Candice Tieze, 30, que contou com a colaboração de protetores independentes.
Segundo Candice, a ideia surgiu quando leu matérias nas redes sociais sobre a produção de casinhas feitas por presos no RS. Dessa forma, procurou a administração do Presídio de Arroio do Meio e propôs uma parceria semelhante, contando com a mão de obra prisional.
Com a ajuda de protetores independentes, que arrecadaram materiais entre as comunidades de Estrela, Arroio do Meio e Lajeado, as primeiras casinhas ficaram prontas e entregues a locais estabelecidos pelas protetoras. Conforme Candice, as unidades foram montadas com bastante capricho, além de a proposta ter sido bem aceita pelos presos. Agora, a ideia é aumentar a produção das peças, o que depende da doação de mais material.
“Dependendo da situação, se tiver algum cão na rua precisando, vamos decidir no grupo de ajuda aos animais”, explicou a psicóloga.
O administrador do Presídio de Arroio do Meio, Rogério Tatsch, reiterou que os organizadores do projeto precisam de madeira, brasilit, parafusos e pregos (17×27 e 16×24) para aumentar a rede de doações das casinhas.
Inclusão e remição
“Esta ação promove a inclusão social e garante mais aconchego e tratamento digno aos animais abandonados nas ruas. Em torno deles, uma rede de solidariedade se movimenta, reverberando atitudes do bem”, disse Tatsch.
A vantagem do apenado em participar desse projeto é adquirir experiência com marcenaria e garantir o seu direito à remição de pena. A cada três dias trabalhados, o preso diminuiu um da pena.
Atualmente, o Presídio Estadual de Arroio do Meio tem 47 apenados. A casa prisional é modelo nos âmbitos estadual e nacional, com sala de aula na prisão, projetos de leitura e galeria para trabalho interno, informou a delegada penitenciária da 8ª Região (Vale do Rio Pardo), Samantha Longo.
Interessados em contribuir podem deixar os materiais no Presídio de Arroio do Meio (fone 3716-1551) ou na Associação dos Protetores de Animais de Arroio do Meio (APAAM).