Comportamento

Vereador explica nomeação da esposa como CC da prefeitura de Farroupilha

Foto: Arquivo/Leouve
Foto: Arquivo/Leouve

Entre as nomeações feitas pelo prefeito de Farroupilha, Pedro Pedrozo, na última segunda-feira (18), está a de Maiara Livia Bogo Piccoli, esposa do vereador Fabiano Piccoli, do PSB, mesmo partido do prefeito, para o cargo de Assistente Supervisor, na secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, como Cargo em Confiança (CC), com vencimentos de R$ 10.888,47.

Maiara, que é servidora da prefeitura desde 2017, pediu exoneração no começo de 2020, ainda na gestão de Claiton Gonçalves. Ela acabou voltando ao governo quando Pedrozo assumiu, durante o pedido de licença saúde de Claiton. Conforme o vereador, ela retornou devido a sua capacidade técnica no setor onde estava lotada de leis e decretos.

Ele ainda diz que, dentro da administração, ela não é “mulher do Fabiano”, mas sim a profissional nomeada.

“A Maiara tem de experiência em redação legislativa, quase 10 anos, entre assessoria de bancada, como assessora de de deputado e depois na prefeitura. Ela não é a esposa do Fabiano. Ela é a Dra. Maiara, formada em Direito, com duas pós graduações e com experiência na função, e isso tem que ficar muito claro. Ela não é um encosto para a prefeitura. Ela tem uma capacidade que poucas pessoas tem nessa área”, disse.

Fabiano disse que os dois pedidos de exoneração, o segundo após o retorno de Claiton da licença, vieram por ela não concordar com as irregularidades que estavam ocorrendo dentro da prefeitura. Como por exemplo, o não envio do valor correto para a Câmara de Vereadores na compra dos terrenos, que constavam no pedido de cassação de Claiton.

Fabiano também comentou sobre estar sendo chamado de articulador do processo. Ele diz que o ex-prefeito saiu devido as irregularidades que cometeu e não por ele ter articulado ou não. Ele lembrou que em um dos processos, envolvendo a compra dos terrenos, ele votou pela não admissibilidade já que havia uma promessa do prefeito de reverter a aquisição dos terrenos.

A época, no dia da votação, o então secretário Vandré Fardin, levou até a Câmara de Vereadores um documento que apresentava as propostas de reversão da compra. Fabiano diz que foi então dado um voto de confiança para o prefeito que não foi aproveitado e que isso que o levou ao processo de impeachment.