Caxias do Sul

Reunião nesta segunda-feira define rumo da greve da educação infantil em Caxias

Greve da categoria iniciou no dia 27 de novembro (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)
Greve da categoria iniciou no dia 27 de novembro (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)

No dia em que a greve dos trabalhadores da educação infantil que atuam nas escolas conveniadas ao município de Caxias do Sul completa uma semana, a prefeitura vai reunir representantes dos educadores e das entidades para apresentar o projeto de gestão compartilhada das escolas para o ano que vem. O encontro ocorre às 18h, no Centro Administrativo.

A greve dos educadores teve início na segunda-feira passada, após o anúncio de que eles teriam uma redução de cerca de 40% no salário a partir de 2018. O município alega que a mudança ocorre em função de uma adequação à lei federal 13.019, que regulamenta convênios com a administração pública. A redução dos salários ocorreria neste processo. Hoje, os educadores recebem R$ 2.298,80 mensais por uma jornada de 44 horas semanais. A tendência é que eles tenham a remuneração equiparada à rede privada, que hoje paga o piso de R$ 1.373,64.

Paralisação completa uma semana nesta segunda-feira. (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)

O presidente do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de Caxias do Sul (Senalba), Alceu Adelar Hoffmann, diz que não crê que o prefeito Daniel Guerra vai realizar algum tipo de negociação com a categoria. “Ele já tem tudo pronto. Talvez o edital que ele vai publicar até contemple as nossas reivindicações. Mas ele sentar com nós para sentar e dialogar não acredito. Ele vai apresentar uma proposta e vai dizer ‘é assim’. Se a gente aceitar, tudo bem. Se a gente não aceitar, vamos fazer uma assembleia para ver se a gente continua com a greve ou não. Então tudo vai depender do que ele [prefeito] sinalizar para nós”, afirma.

Além do Senalba e de representantes das entidades conveniadas, devem participar da reunião o presidente da Câmara de Vereadores, Felipe Gremelmaier (PMDB), e o líder do governo no Legislativo, Chico Guerra (PRB).