Comportamento

Parceira entre Prefeitura e Instituto Makenzie possibilita o estudo do grafeno

Parceira entre Prefeitura e Instituto Makenzie possibilita o estudo do grafeno

Uma parceira entre a Prefeitura de Farroupilha e o Instituto Makenzie de São Paulo, irá possibilitar a um grupo de empresários, professores universitários e entidades da região, acompanhados por representantes da prefeitura conhecer novas tecnologias de inovação. Na próxima quinta-feira, dia 23, uma comitiva farroupilhense estará visitando o Instituto MackGraphe, da Universidade Presbiteriana Makenzie, que estuda o grafeno, material que promete revolucionar a indústria tecnológica.

Comitiva viaja nesta quinta-feira, dia 23, para São Paulo (Foto: Emilio Nunes)

A intenção da viagem é ver, na prática, os trabalhos desenvolvidos por aquela instituição sobre o grafeno e as possibilidades de aplicar a tecnologia aos produtos das indústrias locais. A oportunidade também servirá como ponte entre as empresas e a universidade Mackenzie e para a instituição conhecer um pouco sobre a economia da região.

De acordo com o prefeito Claiton Gonçalves, essa parceria é um novo momento da historia de inovação tecnológica da região da serra. “Estamos estardando junto com este grupo de empresários e as universidades, um novo momento na história da inovação na região. A Serra Gaúcha se preparou para para esta mudança e agora vamos dar início à uma indústria de valor agregado ainda maior na indústria 4.0, da tecnologia, da nanotecnologia, dos condutores mais rápidos, estamos falando de grafeno um produto que é Prêmio Nobel de Física”, destaca.

Foto: Emilio Nunes

Na região, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul de Farroupilha e a Universidade de Caxias do Sul já realizam alguns estudos sobre o grafeno. Além de representantes das instituições de ensino, a missão também contará com a presença da Defar Engenharia, Afea, Greentec, ITM, CICS Farroupilha, Planeta Água, Tecnova, Tramontina, IFRS, Sebrae RS, Simplas e Marcopolo.

Sobre o Grafeno:

O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, assim como o diamante, o grafite, os nanotubos de carbono e fulerenos. Esse material, pode ser considerado tão ou mais revolucionário que o plástico e o silício. Quando de alta qualidade, costuma ser muito forte, leve, quase transparente, um excelente condutor de calor e eletricidade. É o material mais forte já encontrado, consistindo em uma folha plana de átomos de carbono densamente compactados em uma grade de duas dimensões. É um ingrediente para materiais de grafite de outras dimensões, como fulerenos 0D, nanotubos 1D ou grafite 3D.

Apesar de ter sido descoberto e estudado há 70 anos, o grafeno ficou mais conhecido a partir de 2004, quando dois pesquisadores russos Konstantin Novoselov (russo-britânico) e Andre Geim (russo-holandês), na universidade de Manchester, na Inglaterra, começaram a testar material transmissor.

Em 2010, os cientistas ganharam o Prêmio Nobel de Física pelas suas descobertas com o grafeno como transistor, uma alternativa ao silício usado em semicondutores e outros estudos realizados. De lá para cá, milhares de estudos foram realizados com o material, que é 200 vezes mais resistente que o aço, é o material mais leve e fino que existe, é transparente e maleável e tem uma infinidade de utilizações possíveis.