“Habilidade vende, mas afinidade vende muito mais”, afirma Edgar Ueda

“Um negócio ruim na mão de uma pessoa boa é muito melhor do que um negócio bom na mão de uma pessoa ruim”, afirma o empresário, escritor e palestrante Edgar Ueda, ao resumir como os grandes players avaliam, nos dias atuais, a possibilidade de investir, ou não, em um determinado projeto. Isso não significa que a ideia, em si, não tenha peso na decisão, mas, segundo o profissional dos segmentos imobiliário e publicitário, é principalmente a postura do empreendedor que marca o seu espaço, apoiada essencialmente em três pilares: a mentalidade, ou mindset, o comportamento e as competências, bases do seu método batizado de “Turn Around” e apresentados no livro” Kintsugi – O poder de dar a volta por cima”.

O planejamento básico e o chamado MVP (do inglês “Minimum Viable Product” – em português, Produto Minimamente Viável) são outros dois requisitos fundamentais, que, usando as plataformas e ferramentas adequadas, podem ser conduzidos a custo quase zero. “Não precisa ter aquela grande ideia no começo. As grandes ideias são reconstruídas ao longo do caminho; o Airbnb foi desse jeito, o Uber também foi assim. Então, tendo uma ideia boa, validando e fazendo o MVP, vai para o mercado e aprimora essa ideia ao longo do processo”, completa.

Necessidade x Oportunidade

Por mais que muitas pessoas possam começar a empreender em um momento de necessidade, Ueda ressalta que as probabilidades de sucesso aumentam quando isso ocorre em uma situação de oportunidade, na qual se descobre uma solução para um problema existente. “Geralmente, quando se empreende por necessidade, tem muito a ver com precisar de dinheiro naquele momento. Quando esse objetivo é alcançado, pode acabar a motivação e o negócio pode não ter tanta longevidade. Quanto à idade, eu comecei a empreender com 17 anos, mas há quem tenha ficado milionário ou bilionário começando depois dos 50. Não há formula mágica, é preciso persistir, ter constância e ser resiliente, porque são tentativas, acertos e erros. E, talvez, você só acerte no quinto ano, no décimo, ou depois de 15, 20 anos”, destaca.

Ueda estará em Bento Gonçalves neste domingo, dia 15, como convidado do Congresso de Marketing Digital e Empreendedorismo – Do it yourself, onde também divulgará sua mais recente obra, “Desvendando a caixa-preta do sucesso”, escrita em conjunto com Luis Paulo Luppa, o “Vendedor Pitbull”. A publicação aborda os caminhos para que os candidatos a empreendedores descubram o seu “ativador”, ou seja, o seu grande porquê, elencando sete competências principais para que esse rumo seja trilhado. “Nosso objetivo é ajudar as pessoas a encontrarem esse significado. E, como referência, sempre falamos que isso precisa acontecer antes que o avião caia e os segredos fiquem guardados nessa caixa-preta. O avião cair, nesse sentido, é o mesmo que o negócio quebrar, a pessoa não realizar os seus sonhos, não deixar um legado. É importante que essa consciência não venha tarde demais”, aponta.