O prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves, concedeu uma entrevista à Rádio Viva, na tarde desta segunda-feira (09), durante o programa Alegria de Minha Terra, com a apresentação do comunicador Paulinho das Quebradas. Entre os assuntos, os pedidos de impeachment que o prefeito vem enfrentando, o seu afastamento do cargo por questões de saúde e para cuidar da sua defesa e o seu futuro político.
Claiton disse que os pedidos de impeachment são processos políticos e não administrativos. Ele voltou a dizer que não há ilicitude nos seus atos. Ele defendeu a compra dos terrenos por parte da prefeitura, ao lado do prédio da UPA, que, segundo os pedidos protocolados, ferem o artigo 97 da Lei orgânica de Farroupilha. Claiton diz que a compra é embasada em Lei Federal e uma Estadual, que teria uma validade maior que a Lei Municipal.
Com relação a aquisição da nova plataforma de saúde para a cidade, Claiton diz que há irregularidades na licitação. Ele lembrou que o contrato com a empresa que presta o serviço hoje acaba em maio e que não há como ser prorrogado. Ainda, que há mais de 16 processos contra a empresa por ela não entregar os items contatantes no contrato em vigor.
Aguarda-se uma decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que, na semana passada, suspendeu a aquisição da plataforma alegando possíveis irregularidades no processo licitatório. A prefeitura deve entregar a sua defesa na terça-feira (10) e espera que a questão seja brevemente resolvida.
Claiton foi questionado sobre a polêmica envolvendo a Guarda Municipal. Conforme denúncia feita por dois servidores, a guarda não teria o curso necessário para poder atuar nas ruas da cidade. Claiton voltou a dizer que a prefeitura já pagou pelo curso na ACADEPOL e que aguarda a resposta de Porto Alegre de quando o curso será feito.
Enquanto isso, os guardas estão realizando trabalhos internos na prefeitura. Com relação as multas aplicadas pela Guarda enquanto os agentes estavam na rua, Claiton diz que, na sua visão, elas não tem validade.
“Eu tenho proposto para o grupo que elas não tem validade, visto que eles (os guardas) não tinham condições naquele momento para aplica-las. Quem quiser pode e deve procurar a prefeitura”, disse.
Claiton finalizou a entrevista dizendo que mesmo que nesse momento ele esteja combalido pela saúde, ele vai continuar trabalhando para o crescimento da cidade. Ele acredita que os vereadores não irão aprovar o seu processo de impeachment. Sobre o seu futuro, ele diz que, dependendo do resultado do processo no Legislativo, irá ouvir a população sobre uma possível candidatura para a Assembléia Legislativa ou à Câmara dos Deputados.